São Paulo, sexta-feira, 4 de julho de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Tele Sena continua, apesar de sentença que anulou sua criação

Empresa do Grupo Silvio Santos recorre na próxima semana

DA REPORTAGEM LOCAL

A Liderança Capitalização, empresa do Grupo Silvio Santos, informou ontem que continuará a operar normalmente a Tele Sena, apesar da decisão judicial que considerou nulo o ato que autorizou a emissão do título.
"Nós vamos recorrer na próxima semana e, enquanto o recurso não for julgado, os efeitos da sentença estão suspensos", afirmou o superintendente da Liderança, José Francisco de Souza.
O juiz da 6ª Vara Federal em São Paulo, João Batista Gonçalves, considerou que a Tele Sena é um jogo e não um título de capitalização e decretou a nulidade do ato que autorizou o seu lançamento. A Tele Sena foi criada em 1991.
O superintendente afirmou que a Tele Sena foi lançada de acordo com a lei e de forma transparente. Segundo ele, todo comprador sabe que resgatará apenas metade do valor gasto, no prazo de um ano. "Ninguém compra enganado."
Capitalização
Souza insistiu em que a Tele Sena é um título de capitalização. Ele também contestou a afirmação de que a Liderança pagou preços irrisórios aos Correios pela venda das cartelas. A empresa foi condenada a indenizar a União pelo suposto prejuízo da estatal.
A Liderança foi condenada em uma ação popular iniciada pelo deputado estadual de São Paulo José Carlos Tonin (PMDB).
O deputado sustentou que, durante quatro anos e meio, a Liderança pagou aos Correios preço duas vezes inferior ao que deveria. Souza disse que o preço era semelhante ao atual, de R$ 0,40 a cartela. Segundo ele, outros vendedores de Tele Sena ganham R$ 0,35.

Texto Anterior: PDT adapta campanha e critica governo
Próximo Texto: Venda do setor elétrico deve começar em 3 meses, diz Brito
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.

Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.