São Paulo, sexta-feira, 4 de julho de 1997
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Apesar da incerteza, estrangeiro faz Bolsa de Bancoc subir de novo

DA REDAÇÃO; DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O mercado acionário da Tailândia deu novo salto ontem, dois dias após a decisão do governo de permitir a flutuação livre do câmbio, o que provocou desvalorização de cerca de 20% do baht, a moeda nacional.
O que determinou a alta, de 8,65%, foi a atuação de investidores estrangeiros, responsáveis por mais da metade do volume de negócios. Para eles, que tinham moedas fortes, as ações tailandesas ficaram relativamente mais baratas.
Grande parte dos investidores estava baseada em Hong Kong, a ex-colônia britânica do Sudeste Asiático que voltou ao domínio chinês nesta semana.
No dia em que as medidas foram anunciadas, a alta havia sido de 7,8%. Até então, o índice da Bolsa de Bancoc havia caído cerca de 40% desde o início do ano.
Tendência incerta
Analistas internacionais ouvidos por agências internacionais atribuem a alta do mercado aos especuladores que estariam atrás de bons negócios de curto prazo.
Eles advertem que a tendência de alta pode não durar muito tempo porque os fatores fundamentais da economia tailandesa não permitem tal projeção.
Além da ação dos especuladores, a alta do mercado acionário se explica pela perspectiva que se abre para as empresas exportadoras, que ganharam competitividade com o câmbio mais favorável.
A maxidesvalorização, no entanto, tem efeito negativo sobre as empresas que estavam endividadas em dólar. No conjunto, essa dívida era de US$ 72 bilhões.
Muitas delas não tinham "hedge", ou seja, não haviam se protegido contra a desvalorização aplicando em ativos cambiais.
Moeda estável
A moeda nacional sofreu forte pressão durante o dia, foi novamente desvalorizada e o dólar chegou a ser cotado a mais de 31 bahts, para fechar perto de 29 bahts, nível próximo do dia anterior.

Colaborou a Redação

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