São Paulo, sexta-feira, 4 de julho de 1997
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Bocca leva cruzada pop ao Olympia

ANA FRANCISCA PONZIO

O maior bailarino do mundo, como afirmam os cartazes afixados pelas ruas de São Paulo, é definição um tanto exagerada para Julio Bocca, que se apresenta segunda, terça e quarta-feira da próxima semana no Olympia. Passada a era dos superstars do balé clássico, hoje fica difícil apontar um só nome como o melhor de todos. No caso de Julio Bocca, ele é sim um ótimo bailarino, o primeiro na hierarquia do American Ballet Theater, uma das mais prestigiadas companhias dos EUA. Mas, embora no início da carreira tenha sido comparado a Baryshnikov, falta a Bocca o carisma dos mitos.
Formado na escola do Teatro Colón, ganhou, aos 18 anos, medalha de ouro na Competição Internacional de Balé de Moscou. Um ano depois, Mikhail Baryshnikov o convidou para dançar no American Ballet Theater como primeiro bailarino. Daí em diante, Bocca começou a se projetar internacionalmente.
Disposto a conquistar público para o balé, Bocca gosta de se apresentar em locais como estádios esportivos ou palcos ao ar livre. Por isso, diz que não se importa em dançar em uma casa de shows como o Olympia. Para quem viu Barishnikov em 1993 no tenebroso palco desta casa de shows, resta lamentar que ainda se programe espetáculos de balé em locais como o Olympia. Também vale lembrar que Bocca não estará sozinho nos espetáculos. Junto com o bailarino, se apresenta o Ballet Argentino, grupo fundado por Bocca em 1990.

JULIO BOCCA - 120 min, 14 anos. Olympia (r. Clélia, 1.517. Lapa, região noroeste, tel. 252-6255. 2.200 lugares. Seg. a qua. 21h30. Ingr.: R$ 30 a R$ 80.

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