São Paulo, sábado, 5 de julho de 1997
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Retrospectiva agita mercado

CRISTINA GRILLO
DA SUCURSAL DO RIO

A expectativa da realização da retrospectiva da obra de Di Cavalcanti está causando rebuliço no mercado de artes plásticas.
"O mercado de arte reage como qualquer mercado. Se uma jazida de ouro é descoberta, mesmo antes de começar a ser explorada, as ações da empresa que a descobriu valorizam. Com os quadros de Di está acontecendo a mesma coisa", diz o marchand Jones Bergamin, dono da Bolsa de Artes do RJ.
Depois de vender o quadro "Flores" por R$ 723 mil em um leilão realizado em maio no Copacabana Palace, Bergamin prepara outro leilão tendo um quadro de Di Cavalcanti como carro-chefe.
Dessa vez, o marchand pretende vender "A Família na Praia", pintado no final da década de 20. O lance mínimo será de R$ 500 mil.
A expectativa é de que seja batido o recorde de preço em obras do pintor. O recorde atual é de "Flores", comprado pelo marchand paulista Raul Forbes. No leilão de maio, o preço mínimo estabelecido para "Flores" era R$ 400 mil.
O leilão acontecerá em 27 de agosto, no Copacabana Palace, poucos dias antes da abertura da retrospectiva do MAM e do CCBB.
O marchand Jean Boghici também aposta em uma valorização maior dos quadros de Di Cavalcanti por conta da retrospectiva.
"Essa valorização começou há cerca de três anos, mas parece que vai explodir agora." Boghici diz que o momento "é de ebulição" no que se refere às obras do artista.
"Muitos colecionadores vão aproveitar o momento para colocar seus quadros no mercado e muita gente vai querer comprar."
(CG)

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