São Paulo, domingo, 6 de julho de 1997
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Camboja tem toque de recolher depois de confrontos na capital

Tropas rivais do governo trocam tiros e provocam explosões

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Conflitos entre tropas rivais do governo do Camboja levou as autoridades a impor toque de recolher ontem em Phnom Penh. Em pronunciamento de rádio, autoridades da capital informaram que a medida valeria entre 20h e 6h.
Os confrontos, troca de tiros e explosões, começaram quando forças leais ao segundo primeiro-ministro, Hun Sen, atacaram as tropas do príncipe Norodom Ranariddh, primeiro premiê.
Segundo a agência de notícias "Reuter", a situação estava mais calma após a decisão de decretar toque de recolher.
Militares não informaram se houve vítimas, mas em um hospital local foram registrados quatro mortos e 20 feridos.
"Pudemos ouvir fortes explosões. Acho que eram mísseis B-40 vindo da área da casa do general Nhiek Bun Chhay", disse um repórter. O general é o principal conselheiro militar de Ranariddh.
Testemunhas afirmaram também ter visto tropas leais a Hun Sen se dirigindo a uma base militar, perto do aeroporto, controlada pelas forças de Ranariddh.
O aeroporto internacional de Phnom Penh foi fechado ontem. As principais companhias aéreas cancelaram seus vôos. Os aliados de Hun Sen assumiram o controle das estradas e desativaram "postos de controle ilegais".
"Todas as unidades armadas devem colaborar para intensificar a fiscalização nos postos de controle evitando o transporte de armas ilegais e deslocamento de forças", disse o general Keo Kimyan.
Ontem, Hun Sen voltou a acusar Ranariddh de tentar infiltrar dissidentes do grupo guerrilheiro Khmer Vermelho em Phnom Penh.

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