São Paulo, quarta-feira, 9 de julho de 1997
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Olacyr reduz dívida em US$ 330 mi

Credores ficam com hidrelétricas

DA REPORTAGEM LOCAL

O empresário Olacyr de Moraes espera concluir em até 90 dias a renegociação global da dívida de US$ 1,1 bilhão do grupo Itamarati. Ontem 23 bancos credores já formalizaram acordo que vai reduzir essa dívida em US$ 330 milhões.
Pelo acordo fechado, coordenado pelo Unibanco, o Itamarati abre mão de duas usinas hidrelétricas no Estado do Mato Grosso, uma pedreira e outros imóveis.
Além disso, o grupo de credores assume dívida das hidrelétricas de US$ 170 milhões com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Para fazer o acerto das contas, diz o presidente do Itamarati, Antonio Maciel Neto, será formada uma empresa que terá os credores como sócios e que passará a proprietária dos ativos e se responsabilizará pela dívida do BNDES.
Segundo Maciel, essa rodada das negociações envolvia dívidas que somavam US$ 200 milhões, sendo que, desse total, 20% (US$ 40 milhões) ficaram de fora.
"Vamos negociar outras saídas para os que não aceitaram. Mas essa era a melhor opção", diz Maciel.
Esses credores, no entanto, não terão mais a opção de entrar como sócios da empresa que será criada.
Ainda como parte da reestruturação do grupo, o Itamarati procura atualmente um sócio -que provavelmente será um investidor estrangeiro- para aumentar o capital da ferrovia Ferronorte.
Com o aumento de capital de US$ 350 milhões, o Itamarati pretende reduzir sua participação para 20% -hoje detém 100%.
"Estamos muito animados para termos uma solução global, inclusive porque a solução para a Ferronorte está indo muito bem", disse Olacyr de Moraes.

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