São Paulo, quarta-feira, 9 de julho de 1997
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'Carmageddon' escorre sangue pela tela

MARIJÔ ZILVETI
DA REPORTAGEM LOCAL

Politicamente incorreto. Assim é "Carmageddon", um jogo que aparentemente é de corrida.
O objetivo não é o de sempre: chegar em primeiro lugar. Ganha quem for o mais trapaceiro e não tiver o menor pudor para estraçalhar o adversário ou quem estiver pela frente, literalmente.
Lançado na semana passada na Inglaterra, esse jogo chegou a ser proibido na Alemanha. Motivo: incitação à violência.
Como a corrida se passa nas ruas, é comum o piloto encontrar uma velhinha saindo da calçada em direção ao outro quarteirão.
Se o jogador escolher o piloto Egle, está perdido. Esse sujeito não perdoa nada e ninguém.
Atropela quem passar pela frente e entra em colisão com o primeiro bólido que encostar em seu carro.
Psicopata
Outra opção não menos cruel é a piloto Die Anna, uma psicopata, que dirige o Hawk, um carro mais rápido do que o de Egle.
Existe pelo menos uma galeria de 24 personagens. Todos de perfis muito desconcertantes para quem gosta de coisas certinhas. Há um funcionário público que não regula bem da cachola e um ex-agente do FBI malucão.
Os tradicionais jogos de corrida trazem contadores de voltas. "Carmageddon" foge à regra.
Como a idéia é matar ou morrer, o jogador ganha bônus pela falta de escrúpulos ao destruir seus adversários, dilacerando-os.
Também recebe pontos pelo maior número de atropelos.
Na verdade, é um jogo divertido. E quem não quiser ver sangue esparramando pela tela pode desativar o modo antipânico. Desaparecem cenas de tripas e velhinhas atropeladas.

Onde saber mais - BraSoft, tel. (011) 285-5344

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