São Paulo, quinta-feira, 10 de julho de 1997 |
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Agora ou nunca; Custo-benefício; Mercado parlamentar; Tentativa de sedução; Marcação cerrada; De qualquer jeito; Balançando no cargo; Repetição da história; Nova proposta; Sondando o terreno; Oxigênio extra; Passou raspando; A hora da vingança; Mera coincidência; Guerra psicológica; Primeira visita; Passeio legal
DE QUALQUER JEITO Agora ou nuncaFHC disse a Eduardo Azeredo (MG) e a outros tucanos ontem que esta convocação extraordinária é a sua última cartada para aprovar as reformas. Por isso, pediu que engolissem a vitória de Newtão no DNER mineiro. Custo-benefício Os tucanos engoliram temporariamente a derrota para Newton Cardoso (PMDB), que ganhou o DNER mineiro. Disseram ao presidente que, pelo desgaste da barganha, foi péssimo o placar de 309 votos ontem. Mercado parlamentar A entrega do DNER de Minas a Newtão rendeu três votos a FHC na reforma administrativa. Tentativa de sedução Os líderes Inocêncio (PFL) e Geddel (PMDB) levaram a Temer uma proposta preparada no Planalto: apresentar projeto que elevasse o salários dos deputados ao teto de R$ 12,7 mil. O presidente da Câmara recusou. Marcação cerrada Eliseu Padilha (Transportes) e Iris Rezende (Justiça), ministros do PMDB, ficaram quase loucos ontem com a cobrança de Eduardo Jorge (Secretaria Geral) para que o partido desse votos a favor da reforma administrativa. O governo insistiu tanto na essencialidade do FEF à sobrevivência do Real que deve aprová-lo hoje, mesmo entregando vários anéis. "A necessidade é mais psicológica do que fiscal", diz o senador Amin (PPB-SC). Balançando no cargo O PSDB pedia ontem a cabeça do peemedebista paraibano Fernando Catão, secretário de Políticas Regionais. É que a bancada da Paraíba manteve a tradição de votar contra o governo. Repetição da história Nova proposta Stephanes e o senador Beni Veras (PSDB), relator da reforma da Previdência, acertaram fórmula para a paridade entre funcionários ativos e inativos: limite da paridade a um teto salarial. Sondando o terreno Secretário de Covas, Walter Feldman tem dito que o PSDB pode dar ao PFL as vagas de vice e de senador se for feita aliança em São Paulo para 1998. Oxigênio extra Apesar de apertada, FHC teve ontem a mais importante vitória no ano desde que aprovou a reeleição. A quebra da estabilidade dá gás às reformas e enfraquece a revisão constitucional em 99. Passou raspando Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA) marcou ponto ontem ao quebrar a estabilidade dos servidores, batalha que ele próprio julgava perdida. Mas o placar de 309 votos mostra que o 2º turno não está garantido. A hora da vingança Benito Gama (PFL-BA), demitido do cargo de líder do governo via imprensa, reapareceu em grande estilo. Era um dos presentes à reunião de anteontem do movimento Agenda Parlamentar, que desagrada a FHC. Mera coincidência Suspeitos de ter vendido o voto na emenda da reeleição, Osmir Lima e Zila Bezerra foram os dois únicos deputados do Acre que apoiaram o governo ontem. Guerra psicológica O PSDB tem discurso pronto para tentar aprovar o FEF hoje. Dirá aos aliados que, se o fundo cair, o Real estará em risco. Primeira visita Quando o painel da Câmara acusava ontem a presença de 495 deputados, Paulo Bernardo (PT-PR) se rendeu: "Assim não tem jeito de o governo perder. Tem cara aqui que eu nunca vi". Passeio legal O secretário de Energia de São Paulo, David Zylberztajn, e o presidente da Cesp, Andrea Matarazzo, levam hoje um grupo de jornalistas à usina de Porto Primavera. Foi fretado um avião da TAM. Covas usa avião próprio. E-mail: painel@uol.com.br TIROTEIO - Não tenho nada a ver com isso. É coisa do Padilha (ministro dos Transportes). Próximo Texto: Álcool milagroso Índice |
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