São Paulo, quinta-feira, 10 de julho de 1997
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CND define leilão de terminal de Santos

ISABEL VERSIANI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O CND (Conselho Nacional de Desestatização) marcou para 17 de setembro o leilão do Tecom 1 (terminal de contêineres) do porto de Santos. O conselho, que se reuniu ontem, fixou o preço mínimo do terminal em R$ 101,18 milhões.
O Ministro do Planejamento, Antonio Kandir, afirmou que a Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo) e a CDRJ (Companhia do Rio de Janeiro) irão lançar, em breve, programas de demissão incentivada para reduzir o número de seus funcionários.
A Codesp tem hoje 5.400 funcionários, entre técnicos administrativos e capatazes, e quer reduzir esse número para 1.000. A CDRJ quer passar dos atuais 1.800 trabalhadores para 500 funcionários.
Kandir disse que o custo das demissões, que ainda não foi calculado, será coberto em parte pela União e também pelas receitas que as próprias companhias Docas estão recebendo com o arrendamento de seus ativos.
Ele afirmou que os funcionários que forem desligados das companhias não devem ficar desempregados. Eles serão absorvidos -por intermédio dos Órgãos Gestores de Mão-de-Obra- pelas empresas privadas que estão assumindo a operação dos portos.
O presidente da CDRJ, Mauro Campos, afirmou que hoje, no Rio de Janeiro, ele já anunciará o formato do plano de demissão da empresa. Ele adiantou que, assim como ocorreu no ano passado, os funcionários que optarem por se demitir agora receberão, além da indenização prevista, um incentivo no valor de cerca de R$ 22 mil.
A Codesp já arrendou à iniciativa privada 11 serviços. Segundo o diretor de Gestão Portuária da companhia, Frederico Bussinger, os investimentos nessas áreas já chegaram a R$ 200 milhões e hoje eles são responsáveis pela movimentação de 6 milhões de toneladas.
Bussinger calcula que o processo de privatização no porto de Santos estará terminado até o final deste ano, quando a atuação da Codesp estará limitada a funções administrativas. Ao todo, há mais de 80 serviços a serem privatizados, os quais deverão demandar mais R$ 600 milhões em investimentos.
Kandir disse que, depois de privatizado, o Tecom 1 continuará a ter seus preços controlados por três anos. Nos seis primeiros meses, o teto para movimentação de contêineres será de R$ 500.

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