São Paulo, quinta-feira, 10 de julho de 1997 |
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Bornhausen acredita no impeachment
DE LISBOA ...Jorge Bornhausen, embaixador do Brasil em Portugal e presidente licenciado do PFL, disse em entrevista à Folha que considera "muito difícil" o governador de Santa Catarina, Paulo Afonso Vieira (PMDB), provar que é inocente. Ele defendeu o processo de impeachment. * Folha - O sr. acha difícil o governador Paulo Afonso provar que é inocente? Jorge Bornhausen - Acho muito difícil. Até agora não houve provas em relação a esses três fatos. Mas, evidentemente, o amplo direito de defesa é uma coisa legítima, necessária em qualquer contencioso. Folha - A retirada, do plenário, de deputados do PFL favoreceu o vice-governador. Bornhausen - Não. O PFL não favoreceu o vice-governador. O PFL votou, unanimemente, a favor do prosseguimento da apuração dos fatos denunciados. O presidente da Assembléia Legislativa é que não concluiu a votação, votou contra, e depois mudou o seu voto, e não promulgou os resultados, fazendo uma confusão enorme. Ele é que tinha a obrigação de promulgar os resultados. O PFL preservou a votação anterior. Folha - Qual a sua opinião pessoal sobre Paulo Afonso? Bornhausen - Eu não tenho de fazer juízo de ordem pessoal. O que se está tratando, no momento, são questões de procedimentos administrativos cuja regularidade é contestada. Folha - O sr. concorda com o impeachment? Bornhausen - O processo de impeachment foi aberto e tem de seguir os trâmites: apresentação da defesa, análise da defesa e votação. Não sou eu que vou votar, são os parlamentares, mediante os documentos de defesa e as provas apresentadas. Texto Anterior: Cheque é "história estranha", diz Pitta Próximo Texto: PDT decide não participar do governo estadual Índice |
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