São Paulo, quinta-feira, 10 de julho de 1997
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Rabanne desfila futurismo em Paris

MARTA AVANCINI
DE PARIS

O estilista espanhol Paco Rabanne manteve a tradição e apresentou sua versão de mulher futurista para o outono e o inverno 97 e 98 ontem, em Paris.
Embora tenha se inspirado na Renascença para criar sua mais nova coleção, o resultado final fica mais próximo de um filme de ficção científica.
As modelos entraram na passarela do Carrossel do Louvre vestidas de plástico, emborrachados e lurex. Mesmo quando opta por tecidos convencionais, são decorados com materiais pouco comuns em alta-costura.
Rabanne abriu a apresentação com quatro conjuntos de minivestidos acompanhados por impermeáveis feitos de plástico transparente. Têm aplicações de plumas ou de lurex, o que acrescenta brilho ao plástico.
Outro destaque da coleção são os vestidos e túnicas feitos com renda de plástico. Eles vêm em preto, branco e cinza, sempre justos e retos e, por vezes, combinados com sedas e cetins.
A opção do estilista se radicaliza nas túnicas e nos vestidos feitos inteiramente com pedras para bijuterias. Mais do que roupas, essas peças se assemelham a esculturas.
A referência à Renascença aparece nos bustiês, ricamente trabalhados em renda de plástico, que fazem parte dos vestidos com saias amplas e rodadas.
A japonesa Hanae Mori optou por uma coleção que valoriza os conjuntos de coquetel e de noite, em saia ou em calça.
Usados diretamente sobre o corpo, eles são feitos com tecidos tradicionais de inverno como a lã e o veludo. O corte é reto, clássico, porém com detalhes -bordados, peles de animais e aplicações- que quebram a aparência tradicional.
Os tons terra (do caramelo ao café) e diversas tonalidades de cinza são os mais usados nas roupas para o dia. Para a noite, são vestidos longos, em seda ou cetim, também em corte na maioria reto.
Yves Saint Laurent olhou para os velhos mestres para inspirar sua coleção, uma parada de trajes lembrando as cortes da Renascença.
Vestidos de princesa em veludo preto, com cinturas alongadas e decotes com apliques de zibelina, lembravam os trabalhos sombrios de Clouet, pintor da corte na dinastia francesa Valois.
O bolero brocado e encrustrado de jóias voltou, assim como o smoking preto para a noite, clássico de Saint Laurent, aqui com alfaiataria masculina e corte simples.

Com as agências internacionais.

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