São Paulo, sábado, 12 de julho de 1997 |
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Bovespa cai 3,3%; juros e dólar sobem
LUIZ ANTONIO CINTRA
No caso da Bolsa, teve muita importância o desempenho dos papéis da Telebrás, que subiram muito nos últimos tempos. Ontem Telebrás PN fechou com queda de 4,56%, concentrando 55,7% dos negócios. Outras estatais também tiveram um desempenho ruim. Eletrobrás ON, que também tinha acumulado expressiva valorização, recuou ontem 1,88%. Assim, parte do movimento de venda registrado ontem deve ser creditada aos investidores que preferiram realizar seus lucros, aumentando com isso a oferta. Mas também contribuiu para o pessimismo, aos menos reforçando a retórica dos que esperavam a queda das cotações, a crise cambial na Indonésia e Filipinas. O Banco Central, no entanto, também teve sua participação no conjunto de fatos negativos, realizando pela terceira vez no mês um leilão para redefinir a minibanda de variação do dólar comercial. O ajuste foi de 0,9%. Desde o início de julho a correção da minibanda já acumula 0,32% -e ainda não chegamos ao dia 15 do mês. Desde ontem, o dólar comercial pode oscilar de R$ 1,080 a R$ 1,085. Tudo isso agitou o mercado futuro. O dólar para outubro, por exemplo, subiu 0,06% E as taxas de juros projetadas avançaram. Para outubro, a taxa passou de 1,62%, na quinta-feira, para 1,64%, ontem. Investimento estrangeiro A entrada de investimento estrangeiro nas Bolsas superou a saída em US$ 555 milhões em junho, segundo a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) informou ontem. Em maio, o saldo tinha sido de US$ 510 milhões. Nova York A Bolsa de Nova York fechou ontem com alta de 0,44%, otimista com a divulgação do índice de inflação do atacado, cujos preços recuaram em média 0,1% em junho. É o sexto mês consecutivo de queda dos preços desse setor, fato inédito na economia dos EUA. Os índices reforçam a tese de que a inflação continua sob controle e os juros devem ficar estáveis. Texto Anterior: Liminar manda Telerj devolver em ações aos assinantes do Rio Índice |
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