São Paulo, domingo, 13 de julho de 1997
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Parentes de mortos em queda nos EUA pressionam por indenização

JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
DE NOVA YORK

Parentes de vítimas do vôo da TWA, que caiu em Long Island em 17 de julho do ano passado matando 230 passageiros, lideram um movimento nos Estados Unidos para mudar as leis sobre indenização em caso de acidentes aéreos.
O objetivo é retirar desastres de avião do Ato de Mortes em Alto Mar, que impede familiares das vítimas de pedir indenização pela morte de seus parentes a não ser que eles fossem o chefe da família.
Em 1996, uma decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos continuou impedindo que parentes que não dependessem dos salários das vítimas para sobreviver recebessem indenização pelo acidente.
Foi uma forma de a Suprema Corte confirmar o Ato de Mortes em Alto Mar, que data de 1920.
Um grupo de consumidores, liderado por pessoas que perderam parentes no vôo da TWA, exige a possibilidade de ter reparação financeira pela dor causada pela morte de um familiar.
"Estou arrasado desde que minha filha morreu. Isto não conta nada?", pergunta William Rogers Jr., pai de Kimberly Marie, morta aos 17 anos no acidente da TWA.
Como sua filha não trabalhava e Rogers não depende dela financeiramente para viver, ele não tem direito a ser indenizado.
"Pela lei, a vida da minha filha não valia nada", desabafou.
"É certo que ela seja considerada menos do que um ser humano só por não ganhar dinheiro próprio?"
Um projeto de autoria do deputado Joseph McDade, do Estado da Pennsilvânia, quer eliminar a distinção entre acidentes no mar e na terra, o que significaria excluir desastres aéreos do ato de 1920.
A maior parte das companhias aéreas opõe-se a mudar a lei.

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