São Paulo, domingo, 13 de julho de 1997
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Naturalizações crescem a partir da Constituição de 88

DA REPORTAGEM LOCAL

O número de estrangeiros que estão se naturalizando brasileiros também está aumentando.
Antes da promulgação da nova Constituição, em 1988, o número médio de naturalizações era de cerca de 600 por ano, segundo apurou a Folha com o Ministério da Justiça, encarregado dos processos.
Nos últimos anos, a média de naturalizados tem chegado a mil.
Esse aumento se deve principalmente à permissão dada pela Constituição para que estrangeiros morando no Brasil há mais de 15 anos possam se naturalizar mesmo não atendendo à exigência de saber ler e escrever.
Com isso, aumentou o interesse por naturalização da parte de imigrantes que vivem basicamente em comunidades formadas por estrangeiros com a mesma origem e não aprenderam português suficientemente bem para serem aprovados no exame feito pelo Ministério da Justiça.
Isso está acontecendo especialmente com pessoas vindas dos países asiáticos.
Esses estrangeiros podem se tornar brasileiros. A condição é que não tenham sido condenados pela Justiça.
Além desse tipo de naturalização criado pela Constituição, existem mais três modelos. O mais comum é o que exige que o estrangeiro tenha um tempo de moradia superior a quatro anos no país, saiba ler e escrever em português e que não tenha sido condenado a pena superior a um ano de detenção.
A naturalização provisória é concedida a crianças que chegaram ao país com menos de cinco anos de idade. E existe ainda o processo de transformação dessa naturalização provisória em definitiva aos 23 anos.
Processo caro
Para os estrangeiros que recorrem ao trabalho de um despachante, o processo de naturalização sai caro, entre R$ 1.500 e R$ 3.000, e demora -cerca de um ano.

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