São Paulo, domingo, 13 de julho de 1997 |
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Homem aplica mais golpes no trabalho Traçado perfil do funcionário desonesto MARCOS PIVETTA
As mulheres aparecem na pesquisa como sendo autoras de apenas 16,7% dos delitos cometidos nas empresas. Primeiro brasileiro a ser aceito como membro da Association of Certified Fraud Examiners (associação de investigadores de fraudes em empresas) -que reúne 13 mil associados e é sediada nos EUA-, Gomes enviou questionários a 1.500 empresas brasileiras (inclusive as 500 maiores) e recebeu, até agora, resposta de 735 companhias. A pesquisa constatou algum tipo de golpe ou desfalque cometido por funcionários em 717 (97,5%) das 735 empresas. "Apesar de a maioria dos crimes serem cometidos por empregados com nível inferior ao de gerente e sem curso superior, os maiores desfalques, em termos financeiros, tendem a ser feitos por profissionais com cargo de gerência ou diretoria e curso superior completo", afirmou Gomes. Dados americanos mostram que o valor dos golpes aplicados por gerentes e executivos tende a ser, respectivamente, 4 e 16 vezes maior do que os desfalques cometidos por empregados menos qualificados. A explicação é simples. Quanto melhor a formação educacional e mais alto o cargo, mais acesso a recursos da empresa o profissional tem -o que aumenta a possibilidade e a tentação de aplicar grandes golpes. Um dado que chama a atenção na pesquisa de Gomes é o perfil diferente entre o homem e mulher que aplicam golpes na empresa. Enquanto a maioria dos homens fraudadores é casada e não tem curso superior, o perfil da mulheres é justamente o oposto. Mais de 60% das mulheres que roubam a empresa têm curso superior, e mais de 80% são solteiras. Texto Anterior: Brasileira de Madri já viajou a Villamiel Próximo Texto: Perfil do empregado que rouba a empresa Índice |
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