São Paulo, domingo, 13 de julho de 1997 |
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Passageiros podem ter 3 tipos de medo
NOELLY RUSSO
Esses medos são os que resultam na resistência de embarcar, que vários passageiros apresentam antes do vôo. No aeroporto internacional de Heathrow, na Inglaterra, há equipes de psicólogos para atender os passageiros mais apavorados. No Brasil, o trabalho fica por conta de comissárias de bordo. "Ou simplesmente a pessoa não embarca. Não se sabe o número de pessoas que deixam de embarcar por algum dos medos, mas são muitos os casos", diz Villela. Os problemas orgânicos também são comuns, principalmente os provocados pelo aumento da pressão e diminuição de oxigênio, quando o avião está, por exemplo, a 10 mil metros de altura. "A pressão pode provocar uma série de problemas -estomacais, respiratórios e outros. Um dente que tenha recebido tratamento de canal recentemente pode ser um problema. O ar pressiona os nervos contra o dente e provoca uma dor horrível na pessoa. Alguém que tenha sido operado do apêndice é outro exemplo. O volume de ar no estômago aumenta e pode provocar, por exemplo, o rompimento dos pontos. O que fazer com uma pessoa que tenha as vísceras expelidas em pleno vôo?" Segundo Villela, os médicos têm de conhecer os problemas que a altitude pode causar em suas especialidades. "O homem não foi feito para voar. Quando ele está no ar, sofre. Nosso trabalho é minimizar o sofrimento." Ele faz algumas recomendações para um vôo mais tranquilo: ingerir um copo de água a cada uma hora, para evitar a desidratação e ressecamentos da pele e nariz. Evitar bebidas alcoólicas que têm efeito mais rápido. O passageiro também deve evitar o cigarro. "Fumar é absurdo. A quantidade de oxigênio é menor, o fumante tem menos ar", diz Villela. Ele recomenda ainda comidas leves. (NR) Texto Anterior: Médicos não sabem o que ocorre em vôo Próximo Texto: Mulher reclama de homem que diz 'hoje não' Índice |
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