São Paulo, domingo, 13 de julho de 1997
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Times recorrem a auto-estima

RODRIGO BERTOLOTTO; MARCELO DAMATO
DOS ENVIADOS A BRAGANÇA E ATIBAIA

Pela primeira vez no Brasileiro, jogadores de Bragantino e Fluminense não vão ouvir o coro de "ão, ão, ão, segunda divisão", como acontecera nas primeiras duas rodadas. Como ambos subiram fora de campo, nenhum torcedor deve provocar o adversário.
Mas cada equipe já dizia ter achado um antídoto. "Finjo que não é comigo", afirma o meia Yan.
"Isso não é nada. Só de saber que a equipe iria disputar a Série A, os jogadores ficaram supermotivados", diz o técnico do Bragantino, o ex-zagueiro gaúcho Cassiá.
"O problema é que, com os estádios vazios, qualquer grupo de torcedor se faz ouvir", afirma o técnico do Fluminense, José Luis Carbone, outro gaúcho, meia nos anos 70, quando chegou à seleção.
Os resultados nas duas primeiras rodadas já separam esses times. Com uma vitória em casa e um empate fora (1 x 1 São Paulo), os paulistas estão animados.
Após uma derrota fora (1 x 4 Palmeiras) e um empate em casa (1 x 1 Cruzeiro, que teve dois expulsos), os resultados negativos já abalam os cariocas. "Pelo menos, três jogadores estão visivelmente abatidos e passivos em campo", disse o supervisor de Futebol, José Roberto Wright, que quer contratar uma psicóloga para o grupo.
Nesta semana, o time carioca demitiu o técnico Hugo de León e afastou o veterano Paulo Roberto. Isso mexeu com alguns jogadores. "Paulo Roberto era um líder positivo. A diretoria não explicou por que o afastou", diz Yan.
(RB e MD)

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