São Paulo, segunda-feira, 14 de julho de 1997
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PAS paga R$ 100 mil para comunicação

ROGÉRIO GENTILE
DA REPORTAGEM LOCAL

Em plena crise financeira, o PAS (Plano de Atendimento à Saúde) paga cerca de R$ 100 mil por mês para a empresa do assessor de comunicação da Secretaria Municipal da Saúde, Orlando Magnoli.
Magnoli monopoliza o serviço de comunicação nas 14 cooperativas do PAS. Apesar de a prefeitura informar que as cooperativas são independentes, seus responsáveis dizem que não tiveram autonomia para contratar outras empresas.
O assessor trabalha na Prefeitura de São Paulo há cerca de 20 anos.
Os contratos com cada cooperativa do PAS variam de R$ 5.000 a R$ 9.000 por mês. O assessor recebe da prefeitura R$ 4.400 para trabalhar na Secretaria da Saúde.
Magnoli possui uma equipe de 14 jornalistas. Outros jornalistas auxiliam na elaboração de informativos internos e da revista do PAS "Saúde com Saúde" -que tem tiragem de 15 mil exemplares.
O expediente da revista informa que a publicação é paga com anúncios. No exemplar número 3, de 1997, há um único anunciante: a empresa SN Contábil, que pertence ao jornalista Magnoli.
À Folha, o assessor disse que a revista é bancada pelas gerenciadoras do PAS (empresas contratadas pelas cooperativas para administrar os módulos). O pagamento das gerenciadoras sai da prefeitura com verba do PAS.

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