São Paulo, segunda-feira, 14 de julho de 1997
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Plano de saúde sobe 122,4% desde início do Plano Real

FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL

Os aumentos de preços dos planos de saúde -privados, convênios médicos e seguro-saúde- estão provocando muita dor de cabeça aos usuários.
Nos últimos 12 meses, informa a Fipe, os preços das mensalidades dos planos de saúde também aumentaram bem mais do que a inflação. O reajuste foi 19,21%; a inflação, de 7,08%.
Resultado: o número de reclamações de consumidores insatisfeitos com os aumentos não pára de crescer no Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) e no Procon-SP.
Esse número representou aumento de 9,2% sobre o registrado em igual período de 1996.
O Idec informa que a média de aumento de preço nos contratos anuais apresentados pelos consumidores varia de 15% a 30%, mas há casos de reajuste de 100%, informa Maria Inês Landini Dolci, advogada do Idec.
O Procon-SP registrou, de janeiro a abril, 1.466 reclamações de aumentos abusivos de preços das empresas de planos de saúde.
A Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge), que reúne 260 empresas, informa que os aumentos de preços em 1996 superaram, de fato, a inflação do período -variaram de 20% a 29%.
Neste ano, diz Arlindo de Almeida, presidente da Abramge, os reajustes efetuados pelas empresas deverão variar de 8% a 10%.
As empresas de seguro-saúde foram autorizadas, em 97, pela Susep (Superintendência de Seguros Privados) a reajustar os contratos anuais -até junho de 98- entre 10,52% e 13,53% a partir deste mês.

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