São Paulo, segunda-feira, 14 de julho de 1997
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CIDA SANTOS

O levantador Maurício está de volta à seleção brasileira. Depois de um período de férias e de ver os jogos da Liga Mundial pela televisão, Maurício começa a conhecer de perto os métodos do técnico Radamés Lattari a partir desta quinta-feira, no Rio de Janeiro. Os votos são de que ele tenha melhor sorte do que Marcelo Negrão.
A seleção começa a trabalhar para disputar dois torneios em setembro: o qualificatório do Mundial de 98 no Japão e o Sul-Americano. No primeiro, não vai encontrar problemas para garantir a classificação: serão duas vagas em jogo para Brasil, Argentina, Venezuela e Peru. No Sul-Americano, o único grande adversário será a Argentina, que na Liga Mundial decepcionou e mostrou falhas.
O melhor teste será os quatro amistosos que o Brasil fará em agosto contra os holandeses. Mas quem viu as partidas finais da Liga pôde perceber que a seleção vai ter que trabalhar muito para conquistar um lugar no pódio no Mundial de 98. A grande diferença hoje entre o Brasil e as grandes forças do vôlei, como Itália, Cuba e Holanda, está no meio da rede.
Mesmo com uma nova geração, a Itália, de Bebeto de Freitas, mostrou muita força no meio com Gravina, Giani e ainda Bovolenta, uma grande opção na reserva. Cuba conta com uma dupla perfeita: Pimenta, 2,08 m, e Ihosvany Hemandez, 2,06 m, os dois melhores bloqueadores da Liga. Já a Holanda tem Van de Goor, de 2,09 m, que tem deslumbrado o mundo do vôlei nos últimos dois anos.
No Brasil, por enquanto, Gustavo, 2,03 m, e Douglas, 2,00 m, são os preferidos do técnico Radamés. Os dois são os que mais se aproximam do biótipo moderno de homem de meio. Mas ainda precisam de mais velocidade no ataque e maior poderio no bloqueio. Da evolução deles, ou do aparecimento de novas opções, vai depender, e muito, a performance do Brasil no Mundial.

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