São Paulo, terça-feira, 15 de julho de 1997
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Lusitano de US$ 160 mil é destaque

DA REPORTAGEM LOCAL

Embaixador, garanhão puro-sangue lusitano, grande campeão de Portugal em 1995 e campeão nacional no Brasil em 96, é uma das atrações da 16ª Exposição do Cavalo Andaluz, que começa dia 21 próximo, no Agrocentro, em São Paulo.
O garanhão, de 11 anos, foi adquirido por R$ 160 mil no mês passado por dez empresários paulistas, todos proprietários de haras em Itu (92 km a noroeste de São Paulo).
O reprodutor havia sido trazido ao Brasil pelo haras Ianoni, de Capão Bonito (230 km a oeste de São Paulo).
O preço de Embaixador não é alto se comparado aos valores que os criadores de quarto-de-milha, por exemplo, chegam a pagar por reprodutores norte-americanos especialistas em corrida.
Wellington Queiroz, um tradicional selecionador e turfista, pagou mais de R$ 1 milhão para trazer dos EUA o velocista Holland Ease. Recentemente, ele recusou uma proposta de R$ 2,5 milhões pelo garanhão.
Os empresários que compraram Embaixador, porém, são pequenos criadores que se reuniram para tentar uma cadeira no seleto clube dos selecionadores brasileiros da raça puro-sangue lusitano, como Toni Pereira (o maior deles, já morto), Paulo Gavião Gonzaga e Eduardo Fischer.
Quem explica é José Carlos Spina, 38, um dos donos do puro-sangue lusitano e titular do haras Carvalho do Ipê, de Itu.
Segundo Spina, que tem apenas 15 animais em seu haras, Embaixador vai permitir que os plantéis de seus compradores melhorem de qualidade num período mais curto de tempo.
Cada comprador terá direito a quatro coberturas de Embaixador por ano, ou seja, eles escolhem quatro de suas melhores éguas para que elas sejam emprenhadas pelo garanhão.
Apenas seis coberturas serão disputadas por criadores que não fazem parte do consórcio que comprou Embaixador. Elas serão colocadas no mercado a R$ 4.000 cada.
Linhagem nobre
O garanhão é branco e pertence à linhagem Veiga, uma das mais antigas e valiosas do puro-sangue lusitano, segundo José Carlos Spina.
Isso foi confirmado pelo publicitário Eduardo Fischer, outro especialista da raça.
"É quase impossível encontrar cavalos da raça de qualidade disponíveis no Brasil, pois o criatório é pequeno, o que torna a oferta praticamente inexistente", diz Spina, ao justificar o investimento no garanhão português.
Embaixador tem pelo menos mais dez anos de vida reprodutiva.
Assim, ele deverá gerar 40 potros para cada um de seus proprietários.
O puro-sangue lusitano também é conhecido no Brasil como andaluz. Ele é usado principalmente nas touradas em Portugal.

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