São Paulo, terça-feira, 15 de julho de 1997 |
 |
|
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Celso Pitta defende contrato de Maluf
DA REPORTAGEM LOCAL O prefeito Celso Pitta (PPB) defendeu ontem, por intermédio de sua assessoria de imprensa, a "legalidade" no contrato da Prefeitura de São Paulo com a empresa A D'Oro, pertencente a Fuad Lutfalla Júnior (irmão de Sylvia Maluf, mulher do ex-prefeito Paulo Maluf).Segundo Pitta, a A D'Oro só passou a fornecer frangos à Prefeitura de São Paulo devido à desistência da Frigobrás, empresa do grupo Sadia, que solicitou reajuste de preços no seu contrato, em 1996, durante a gestão de Maluf. O atual prefeito usa um exemplo para tentar mostrar que a A D'Oro não foi beneficiada em nenhum momento: a empresa teve um lote de 95.984 quilos de frango recusado por defeitos nas embalagens. Para o atual prefeito e os seus assessores, o caso é mais um "ataque político" para tentar enfraquecer o nome de Maluf a uma eventual candidatura ao governo de São Paulo. A Folha tentou falar com o ex-prefeito Paulo Maluf, que está em Paris. No hotel, os funcionários informaram que a ordem era para não incomodá-lo. Negócios da AIM O proprietário da AIM, que assessorava a A D'Oro e a Frigobrás, Marcos Antonio Ferreira, disse à Folha que, com a retirada da Frigobrás do contrato, alegando preços defasados, a A D'Oro o convidou para prosseguir com o trabalho de assessoria. "Cuidamos da parte operacional dos contatos entre empresas e órgãos públicos para realizar o trabalho de distribuição do produto", disse o dono da AIM. Por ter prestado serviços às duas firmas, segundo Ferreira, ocorreu a coincidência de a AIM ter enviado documentos (via fax) tanto da A D'Oro como da Frigobrás. "Não fazemos lobby para ninguém, apenas prestamos serviços para as empresas contratadas", disse Ferreira. "Nossa linha de atuação é clara e regular." Lutfalla Os donos da A D'Oro também negaram a existência de qualquer irregularidade no contrato com a gestão Paulo Maluf. A direção da empresa diz que tem entre os fornecedores mais de 2.000 empresas e não somente a firma Obelisco. Segundo investigações do Ministério Público estadual, a Obelisco pertence a Sylvia Maluf, mulher do ex-prefeito Paulo Maluf, e à sua filha, Lígia Maluf. Texto Anterior: Conexão uruguaia é investigada Próximo Texto: Depoimentos serão marcados em agosto Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |