São Paulo, terça-feira, 15 de julho de 1997
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Dono de bar dá tiro na cabeça em banco

RENATA RODRIGUES
FREE-LANCE PARA A FOLHA

O dono do bar Universidade do Chope, Isaac Chaiem Majzel, 58, morreu na tarde de ontem, na agência do Banco HSBC Bamerindus, no Leblon (zona sul do Rio).
Segundo informações da polícia, a primeira versão para a morte do empresário é a de que ele teria se suicidado, depois de pegar a arma do vigia do banco, Nelson Barros.
O vigilante, funcionário da Fiel Serviços de Vigilância, estava em uma espécie de copa no banco, por volta das 14h, almoçando. Quando ele se levantou para beber água, Majzel pegou a arma do coldre de Barros e deu um tiro na cabeça.
No local onde aconteceu o suicídio foi encontrado um bilhete identificado como sendo do empresário e que teria sido escrito no banco. Nele, Majzel pede desculpas ao gerente João Roberto Guimarães da Costa por "ter feito isto" na agência e diz que não havia conseguido comprar um revólver.
Também no bilhete ele deixa os telefones de casa e pede que avisem a mulher, dizendo onde estariam os recados e combinações na casa.
A perícia foi chamada ao local e o corpo foi levado para o IML (Instituto Médico Legal), onde seriam feitos os exames para determinar se há vestígios de pólvora nos dedos do empresário.
A delegada Mairici França da 14ª DP (Delegacia de Polícia), que registrou o caso, foi à agência e disse que as conclusões sobre a morte só seriam dadas com a perícia.
No final da tarde, a delegada começou a ouvir os depoimentos do gerente do banco, do vigilante e de familiares.
O banco foi fechado e a imprensa não teve acesso ao interior. Os funcionários que estavam trabalhando foram dispensados. Os clientes eram avisados do fechamento por cartazes pregados nos vidros, que alegavam "motivos de força maior". De acordo com o técnico de segurança do trabalho do Bamerindus, José Raimundo de Souza, Majzel não tinha nenhum problema financeiro com o banco.
O empresário era sócio da Universidade do Chope no bairros do Leblon, Tijuca, Barra da Tijuca e em Niterói. A unidade do Leblon, que fica a cerca de 800 metros do banco, ficou fechada ontem.

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