São Paulo, terça-feira, 15 de julho de 1997
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Dalva de Oliveira

PEDRO ALEXANDRE SANCHES

A EMI enfim cumpre a promessa e lança a caixa de quatro CDs "A Rainha da Voz", condensado de gravações feitas por Dalva de Oliveira entre 1938 e 1971. O presente, embora bem menos luxuoso do que as expectativas prometiam, traz seleção soberana, em trabalho histórico de preservação da memória musical nacional. E não custa lembrar: a próxima promessa da EMI é o relançamento da discografia completa de Clara Nunes...
(PAS)

Martinho da Vila
Bem mais preguiçosa é a BMG, que para recompor seu acervo de Martinho da Vila optou por reeditar -num caixotinho vagabundo- pacote lançado originalmente em vinil. "20 Anos de Samba" passa bem pelos pagodes e partidos altos do artista, mas causa vergonha ao eliminar qualquer nota sobre datas originais de gravações e discos em que foram lançadas. E a BMG perde a oportunidade de entregar os discos originais, como eram.
(PAS)

"Butiquim do Martinho"
A onda de sucesso de Martinho da Vila vai sendo aproveitada por todos os flancos. Sua atual gravadora, a Sony, lança "Butiquim do Martinho", transformando em CD a roda de samba habitual de seu botequim (que existe de fato). O trabalho vem ao mundo para arejar o ambiente povoado de bandas que de pagode só têm a propaganda. É também possível fonte de novos talentos, mas a dominância de Martinho torna-os meio invisíveis.
(PAS)

Pat Escobar
Pat Escobar, filha da Ruth, se lança, em "Artigo de Luxo" (Eldorado), com repertório doído de tão batido -"Águas de Março", "Luzes da Ribalta", "Sophisticated Lady"... As escolhas óbvias seriam até contornáveis, mas os arranjos são equivocados -"Se Você Pensa", de Roberto e Erasmo, por exemplo, é insanamente transformada numa rumba/salsa-, e não se pode dizer que Pat domine plenamente o ofício de cantar.
(PAS)

Thalma
Thalma, também atriz de novela, faz sua estréia em CD homônimo pela Sony, no qual vem se unir à coqueluche soul/funk arrumadinho a que o país assiste. Ela, mais despudorada, toma colheradas de elementos da disco e da dance music, com resultado bobinho, mas simpático. À vontade em faixas próprias, ela só cai do cavalo ao interpor a seu pop/soul uma regravação chinfrim de "Eu Sei", do Legião Urbana. Não tem nada a ver.
(PAS)

Tiroteio
A banda Tiroteiro é, pelo que se pode ouvir em "República Federativa Brasil Pavão" (Primal), grata surpresa. De sonoridade em algum ponto entre o Moleque de Rua e o mangue beat, vem com a fúria de quem parecia estar morrendo de vontade de estrear. E estréia com vigor de rap, lataria e crítica social (um pouquinho de indignação não faz mal a ninguém...). Se abandonar os toques de latinidade à Skank, Tiroteio promete.
(PAS)

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