São Paulo, quarta-feira, 16 de julho de 1997 |
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Manifestações antiterrorismo continuam
CYNARA MENEZES
Em Sevilha, cerca de 200 mil pessoas protestaram. Em Zaragoza, uma missa campal com a presença de familiares do vereador morto reuniu outros milhares de manifestantes. Miguel Angel recebeu o título póstumo de cidadão honorário. No País Basco, a noite de anteontem foi marcada por conflitos entre simpatizantes do Herri Batasuna e manifestantes antiterroristas. Várias sedes do partido foram atacadas, e a polícia teve de intervir para evitar linchamentos. Em Pamplona, a tradicional feira de San Fermín foi encerrada sem festa. Manifestantes se reuniram no centro da cidade para depositar velas e protestar contra o assassinato do vereador. Ontem, a vida na região voltava ao normal. Em Ermua, cidade do vereador, ainda havia laços negros nos balcões, mas o comércio voltou a abrir suas portas. A mãe do vereador, Consuelo Garrido, em entrevista a uma rádio argentina, disse esperar que sua "dor de mãe" sirva para acabar "com todo o mal no País Basco, na Espanha e no mundo". Um ex-membro de ETA, José Miguel Lataso, que deixou a organização há dois anos, também foi a uma rádio espanhola prestar declarações contra o grupo terrorista. "O ETA tem de dar um passo importante. A luta tem de parar", disse Lataso, que está preso sob acusação de assassinato. A direção nacional de Herri Batasuna não condenou o ato. Em nota distribuída ontem, o braço político de ETA disse que a culpa do assassinato é do governo, que não cedeu aos perdidos do grupo. (CM) Texto Anterior: Nova ameaça terrorista assusta Espanha Próximo Texto: Aznar é próximo alvo do ETA, diz ex-refém Índice |
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