São Paulo, quarta-feira, 16 de julho de 1997 |
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'Camiseta estava ensopada de sangue'
EDIANA BALLERONI
Sua casa, no número 1.116 da rua Ocean Drive, ficava a poucas quadras do local onde geralmente tomava o café da manhã, o restaurante "News Cafe". Eddie Bianchi, 50, dono de uma loja de patins no número 1.200 da Ocean Drive, tomava café com sua mulher, Maria Sol, em um bar que fica no mesmo prédio do número 1.200. Leia trecho de seu relato à Folha: "Ouvimos os dois disparos e olhamos primeiro na direção da praia, em frente, e depois para a direita. Vimos alguém caído na porta da casa de Versace e corremos na sua direção. "Imediatamente o reconheci. Não pelo rosto: metade estava estourado, a outra metade, coberta de sangue, que não parava de jorrar da cabeça. "Não sei dizer qual era a cor da sua camiseta, pois estava ensopada em sangue. Nós o reconhecemos pelo corpo e pelo cabelo. "Dois policiais chegaram quase ao mesmo tempo. Chamaram os paramédicos, que levaram menos de dois minutos para chegar. "Quando falamos que era o Versace, um policial disse: 'Não repita isso! Nós não temos certeza!'. Uma mulher que estava no local gritava: 'Eu vi tudo!'. "Versace não se movia. Os paramédicos tentavam ressuscitá-lo na ambulância, deixando o local devagar, sem correr. Foi tudo inacreditável. Durou cerca de dez minutos". (EB) Texto Anterior: Leia entrevista inédita de Gianni Versace Próximo Texto: REPERCUSSÃO Índice |
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