São Paulo, quinta-feira, 17 de julho de 1997 |
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Delegada pede prisão de piloto fugitivo FÁBIA PRATES DA AGÊNCIA FOLHA, EM CONSELHEIRO LAFAIETE A polícia esperava sua apresentação voluntária, que não havia acontecido até as 18h de ontemA delegada Mary Milagre Almeida Vieira, que preside o inquérito policial que apura as responsabilidades criminais do acidente com o monotor Aircoupe PP-DEN, em Conselheiro Lafaiete, pediu ontem a prisão preventiva do piloto Célio Rodrigues, que fugiu do hospital depois do acidente. Até as 18h de ontem, a juíza plantonista do Fórum de Conselheiro Lafaiete, Márcia Pereira Montandon, da 3ª Vara Civil, não havia dado parecer sobre o pedido. A delegada Mary sustenta o pedido de prisão preventiva com o testemunho de cinco pessoas que estiveram com Rodrigues no domingo, dizendo que ele teria ingerido bebida alcoólica e tinha o hábito de fazer uso imoderado de bebidas. Reforça o pedido com o fato de ele ter fugido do hospital e de estar pilotando com o Certificado de Habilitação Técnica vencido. Mary acredita que a juíza dará um parecer favorável até hoje de manhã. A polícia esperava o piloto se apresentar voluntariamente, o que não havia acontecido até as 18h de ontem. A delegada disse que já ouviu cerca de 20 pessoas que presenciaram o acidente ou tiveram contato com o piloto, mas ainda não dá para antecipar de quem é a responsabilidade. Ontem a delegada ouviu o cinegrafista amador Gildásio Dutra Pinto, único passageiro do avião, que fazia filmagens no momento do acidente. O depoimento, que durou mais de uma hora, foi feito no hospital, onde o cinegrafista está internado desde domingo com lesões no crânio e na bacia. À delegada, Dutra disse que teve o primeiro contato com Rodrigues no domingo, quando o procurou para solicitar o vôo. Segundo a delegada, o cinegrafista disse que inicialmente o piloto cobrou R$ 2.000,00, reduziu o preço para R$ 200 e decidiu fazer de graça, quando ele disse que não tinha condições de pagar. O cinegrafista disse à delegada que teve pouco diálogo com o piloto, mas se lembra de ele dizendo que iria "abaixar". Ele disse não ter percebido nada de estranho no piloto ou no avião. Dutra respondeu a perguntas de jornalistas, em entrevista gravada pelos irmãos que o acompanham no hospital. Barganha Ele diz que convenceu o piloto a voar de graça argumentando que, como era locutor de rádio, faria um agradecimento na segunda-feira ao vivo na emissora, e que agilizaria um sorteio de passeios aéreos. Os sorteios seriam feitos pela rádio onde trabalha (Rádio Matriz FM, da igreja Católica). Texto Anterior: Acidente em NY faz um ano sem pistas Próximo Texto: Ministro recebe passageira que teve rosto ensanguentado Índice |
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