São Paulo, quinta-feira, 17 de julho de 1997
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Coronel pede calma em Alagoas

ARI CIPOLA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MACEIÓ

O comandante do 59º Batalhão de Infantaria Motorizada do Exército, coronel Antônio Carlos de Almeida, pediu ontem "calma" e "tranquilidade" aos policiais de Alagoas que prometem fazer nova manifestação hoje durante a votação do impeachment do governador Divaldo Suruagy (PMDB).
Almeida é responsável pelos 800 homens do Exército que desde anteontem substituem a PM na guarda dos prédios públicos alagoanos.
"Estou preocupado, apesar de tudo estar correndo bem até agora. Será necessário haver muita calma e tranquilidade dos policiais na manifestação. Espero que a batalha seja no campo das idéias."
Desde quinta, 90% das polícias estão sem trabalhar. Eles não recebem há mais de seis meses. O Exército foi chamado por Suruagy, que temia a invasão do Palácio dos Martírios, sede do governo.
Hoje será o primeiro contato entre as tropas federais e os policiais. Durante a passeata de anteontem, o Exército acabou não sendo visto pelos manifestantes. Os 120 soldados que estavam no palácio ficaram escondidos para evitar a possibilidade de violência. As entidades de policiais afirmam que se o impeachment não passar -Suruagy tem maioria na Assembléia- a manifestação seguirá para o palácio.
"Se o governo não apresentar uma solução, não sabemos o que pode acontecer", afirmou o presidente da Associação dos Cabos e Soldados, Antônio de Pádua.

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