São Paulo, sexta-feira, 18 de julho de 1997
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Força paulista enfrentou o Exército na Revolução de 32

DA REDAÇÃO

O maior confronto entre tropas do Exército e da Polícia Militar ocorreu durante a Revolução de 1932, dirigida contra o governo Getúlio Vargas. Na época, a Força Pública de São Paulo dispunha de 13.000 soldados.
A Força Pública era a mais bem armada polícia militar do país: desde 1906 recebia treinamento de militares franceses, assessoria que o próprio Exército só passou a contar após 1918.
A Revolução de 1932 começou no dia 9 de julho, liderada pelo interventor no Estado, Pedro de Toledo. Voluntários civis reforçaram os efetivos da Força Pública. As tropas chegaram a reunir 40 mil homens, em três grandes frentes (sul de Minas, norte do Paraná e Vale do Paraíba).
Os comandantes paulistas (Isidoro Dias Lopes, Bertholdo Klinger e Euclydes Figueiredo) esperavam a adesão de Minas e Rio Grande do Sul à Revolução, mas isso não ocorreu. Isolado, o Estado foi cercado pelas tropas do Exército, e assinou a rendição em 3 de outubro de 1932.
Vários conflitos menores ocorreram na Primeira Velha (1889-1930). No Amazonas, em outubro de 1910, os comandantes locais do Exército e da Marinha deram um ultimato ao governador Ribeiro Bitencourt e bombardearam Manaus.
A polícia estadual resistiu, mas o governador decidiu deixar a cidade. Conseguiu porém uma vitória no STF e reassumiu o posto. No governo de Hermes da Fonseca (1910-1914), os militares tentaram depor o governador da Bahia. Salvador foi bombardeada em 10 de janeiro de 1912. No dia seguinte ocorreram combates de rua entre policiais e soldados do Exército, e o governador acabou deixando o cargo.

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