São Paulo, sexta-feira, 18 de julho de 1997
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Jornalista afastado faz crítica a punição

Fuser apontou fraude no sindicato

DA REPORTAGEM LOCAL

Afastado da diretoria do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo por revelar supostas irregularidades na entidade, o jornalista Igor Fuser comparou sua punição a atos da máfia.
"Estão tentando impor no sindicato a lei do silêncio, que é a lei da máfia", afirmou Fuser. O jornalista divulgou texto sobre esquema de nepotismo e benefícios pessoais e empresariais no sindicato.
Fuser questiona a contratação de duas empresas do ex-diretor Eduardo Ribeiro. Em uma delas, a Puente, trabalham duas filhas do diretor Amilton Vieira.
Entre abril de 96 e julho de 97, a Puente ganhou R$ 212,8 mil (faturamento bruto) com os serviços prestados ao sindicato. Outra empresa, a M&A, ganhou R$ 28,6 mil entre o final de 95 e início de 97.
O presidente do sindicato, Everaldo Gouveia, disse que Fuser está "enlameando" o sindicato com as revelações. "E quem pratica a irregularidade, o que é?", diz Fuser.
Gouveia disse ontem que a punição é "legítima e tem base no estatuto" sindical. "Se ele não aceita a punição, o problema é dele."

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