São Paulo, sexta-feira, 18 de julho de 1997
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Menino morre no PR após contato com lagarta venenosa

JOSÉ MASCHIO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA

O garoto Rogério Martins Monteiro, 14, é a primeira vítima no norte do Paraná do veneno da lagarta Lonomia obliqua (uma espécie de taturana). Monteiro morreu na tarde de anteontem no Hospital Universitário de Londrina.
A lagarta tem entre seis e sete centímetros e vive em árvores silvestres e frutíferas. Variando entre as cores marrom esverdeada e marrom-amarelada, a lagarta tem o corpo revestido por espinhos ramificados, com a aparência de pequenos pinheiros.
O garoto brincava em uma árvore, no último dia 8, em sua casa na zona rural de Tamarana (345 km ao norte de Curitiba), quando duas lagartas caíram em seu braço, causando queimaduras.
Ele só foi levado anteontem ao hospital, onde chegou com convulsões e hemorragia interna.
A lagarta já provocou mortes no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e sul do Paraná. Foi a primeira vez que sua presença foi constatada no norte do Paraná.
Técnicos da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) e da 17ª Regional de Saúde de Londrina iniciaram ontem a distribuição de folhetos explicativos sobre como identificar a espécie Lonomia obliqua, na tentativa de prevenir novos acidentes na zona rural de Tamarana.
Segundo a chefe de Assistência à Saúde da 17ª Regional de Saúde, Rosilene Machado, 31, não foram encontrados focos da lagarta na região em que aconteceu o acidente com o garoto.
Rosilene disse que ainda não há explicações científicas sobre a migração da lagarta para o norte do Paraná. Na região não existia até ontem soro específico para tratar acidentes com a lagarta.
Rosilene Machado disse que, após a constatação da presença da lagarta na região, foi solicitada uma remessa do soro ao Instituto Butantan, de São Paulo.

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