São Paulo, sexta-feira, 18 de julho de 1997 |
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Falsificação na arbitragem é investigada
SERGIO TORRES
O presidente da comissão, o ex-árbitro Armando Marques, designou o também ex-árbitro Edson Rezende de Oliveira, que é policial federal em Pernambuco, para conduzir as investigações. Segundo Marques, a sindicância será concluída até o fim do mês. A CBF exige dos árbitros a apresentação do certificado de conclusão do 2º grau. O árbitro suspeito de apresentar o documento falso foi afastado temporariamente das escalas do Brasileiro. Marques, no entanto, não quis revelar o nome dele. "Só vou dizer caso fique comprovada a falsificação do documento", afirmou. Marques afastou ainda 15 árbitros, que teriam apresentado falhas nas primeiras rodadas da competição. Em nota divulgada na noite de anteontem, o presidente da Comissão de Árbitros da CBF relaciona quatro razões para consumar os afastamentos. Na avaliação dos observadores da comissão, os árbitros não puniram o jogo violento e admitiram reclamações. A nota fala que os afastados permitiram as faltas por trás, sem punir os infratores com advertência ou expulsão. Segundo a nota, os árbitros teriam admitido a invasão da área no momento da cobrança de pênaltis. O terceiro motivo foi a permanência de treinadores ao lado do campo durante todo o jogo, sem que o árbitro da partida tomasse providências. A nota relaciona ainda como motivo de punição o fato de os árbitros aceitarem "protestos acintosos por parte de jogadores e treinadores". "Eles estão afastados das próximas escalas. É uma coisa temporária. Foram pecados pequenos. O balanço das arbitragens é razoável até agora", afirmou Marques. Escola O presidente da comissão disse que está preparando um relatório para apresentar à CBF. Ele defenderá a criação de uma escola nacional de árbitros. "A escola seria fundamental. Os árbitros não estão aplicando tudo o que está escrito no papel. Hoje, não há um critério único de arbitragem", disse. A nova comissão da CBF foi criada em maio, depois que estourou o escândalo das arbitragens. Ivens Mendes, que presidia a antiga comissão, foi banido do futebol sob a suspeita de integrar um esquema de manipulação de resultados de jogos. Texto Anterior: Anteontem Próximo Texto: Brasil Esportivo Índice |
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