São Paulo, sábado, 19 de julho de 1997
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Patrocinador do São Paulo desafia rival

DA REPORTAGEM LOCAL

A Bombril (produtos de limpeza), anunciada oficialmente ontem como nova patrocinadora do São Paulo, só deve ter seu logotipo na camisa do time até dezembro.
A partir de janeiro de 98, ela seria substituída pela Cirio (produtos alimentícios e derivados de leite), outra marca da empresa Cragnotti e Partners, que assinou acordo com o São Paulo por três anos, pagando, no total, US$ 13,5 milhões.
O objetivo da Cragnotti, com o lançamento dos produtos Cirio, é quebrar a hegemonia da Parmalat, patrocinadora do Palmeiras, no mercado de leite. As duas empresas já são concorrentes na Itália.
A Cragnotti também pode contratar jogadores para o São Paulo, como faz a Parmalat, apesar de o clube não ter aceito o sistema de co-gestão. "O objetivo é fortalecer o time para que ele volte aos tempos de glória", disse Mário Pinto e Silva, dirigente da Cragnotti.
Está previsto também um intercâmbio entre o São Paulo e os demais clubes da empresa: Lazio, Napoli e Standard Liége.
Em contrapartida, o São Paulo terá que consultar o patrocinador quando quiser negociar alguém.
A Lazio passa a ter prioridade sobre qualquer atleta do clube, inclusive sobre Denílson, pretendido por ela. Se alguém quiser contratá-lo, a empresa tem 15 dias para decidir se cobre ou não a proposta.
Segundo o presidente Fernando Casal de Rey, o patrocínio corresponde a 30% da folha pagamento do São Paulo. Ele deve investir o dinheiro na formação de atletas.

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