São Paulo, sábado, 19 de julho de 1997
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Ellus usa efeitos especiais em desfile performático

ERIKA PALOMINO
DA REDAÇÃO

A Ellus encerrou o primeiro dia do MorumbiFashion Brasil, anteontem à noite, com um daqueles desfiles performáticos, com diversos efeitos para a passarela.
O início é feito praticamente no escuro, sob raio laser. Boa solução, apesar de um pouco longa, em atmosfera -ou perfume, como pregam os fashionistas locais- sadomasoquistas, com modelos de torso nu e algemas.
Com luz acesa percebemos que os cabelos são azuis, intensos, tipo anil. Pena que foram soltando a tinta ao longo do desfile, deixando as modelos manchadas e sujas.
Muitos looks em couro preto, em calças, minivestidos, corselets, tops tomara-que-caia, tops de biquíni. Mais pretos trazem frente-únicas e regatas, no segmento "partes de cima" que se revela o melhor da coleção.
Vêm junto as calças masculinizadas que são tendência, mas que ainda se mostram um pouco pesadas.
Os looks em verde-militar marcam pontos, mas, por outro lado, servem para revelar os pontos fracos do desfile: a repetição e a ausência de peças fortes e mais criativas. Entra um look cáqui; mas foi só ele. Entra uma regata branca com brilho; mas só duas, e espaçadas. Um desfile deste tipo precisa mostrar mais idéias. Ou não rola.
Em saltos altos, as urbanas garotas Ellus por fim avançam no território do "tough chic", o forte & chique, novo temperamento da temporada detonado na Europa. Vêm mais agressivas, efeito ressaltado pela atitude das modelos, que entravam gesticulando, como se estivessem xingando. Bom recurso que pede mais parcimônia. Como os excessos da Ellus, aliás, em coleção simples até demais.
(EP)

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