São Paulo, segunda-feira, 21 de julho de 1997
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Empresária era "vamp"

DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA

A empresária Pérola Cristina, 55, não pensou duas vezes para deixar a administração de uma loja em Londrina e voltar a fazer novela. "Deixei a loja e voltei para o que mais gosto de fazer, as novelas de rádio."
Na década de 60, ela incorporava personagens como a jovem rebelde ou a "vamp"-como era chamada a vilã das novelas de rádio. Hoje, Pérola Cristina faz papéis de avó, mãe, "ou de alguma malvada, como nos velhos tempos".
O papel de mocinha nas histórias da Brasil Sul cabe a Manoela Prieto, 18, estudante de cursinho na cidade. "Nunca tive experiência em teatro e os microfones assustam, mas estou dando um jeito."
Ela se espanta ao saber que o presidente da Telepar (Telecomunicações do Paraná) e ex-governador, Álvaro Dias (PSDB), era um dos atores preferidos do público de radionovelas na década de 60 no Paraná.
"O Álvaro queria ser galã, mas sua voz não ajudava e ele ficava com papéis centrais, mas nunca do mocinho da história", lembra Ozires Mourão, responsável pela introdução do político nas radionovelas.
O núcleo está revelando também novos autores, como Márcio Américo, 33, Ivo Marcelo, 28, e Edson Rodrigues, 19, que escrevem roteiros, além de atuarem como atores. "Ser ator de radionovela é bem diferente de fazer teatro, e o aprendizado é outro", afirma Lázaro Câmara, 40, que depois de 15 anos de teatro optou pelo núcleo de radioteatro da Brasil Sul.

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