São Paulo, terça-feira, 22 de julho de 1997
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Prejudicados protestam contra avaliação

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS; DA REPORTAGEM LOCAL

Quando a FAA lançou seu programa internacional de certificação, em 1991, se concentrou inicialmente em países do ocidente.
O programa pressiona os países a adotar as regras estabelecidas pela Organização Nacional de Aviação Civil, órgão das Nações Unidas.
Vários países com baixo conceito na classificação da FAA dizem que a agência tem interesses políticos e comerciais.
No Brasil, a Infraero, empresa que administra os aeroportos do país, informou ontem que não tem conhecimento do relatório e, por isso, não iria se pronunciar.
Os ministros da Comunidade do Caribe (Caricom), que tem 14 integrantes, denunciam que as classificações baixas são mais frequentes em aeroportos que usam aeronaves européias, como o Airbus, em vez das norte-americanas.
"Há situações em que o parecer seria dado de forma diferente se fossem usados aviões dos EUA", disse Byron Blake assistente do secretário-geral do Caricom.
A Air Jamaica trocou recentemente sua frota de Boeing-727 por Airbus. Mas suas rotas e o número de aviões com que pode operar foram restringidos porque a Jamaica está na categoria 2.
"Isso foi um obstáculo a nosso progresso", diz o vice-presidente da Air Jamaica, William Rodgers.
As companhias dos EUA que viajam a países com baixo conceito recebem as rotas que foram proibidas às empresas concorrentes.
Henry Lord Boulton, presidente das empresas de aviação venezuelanas Avensa e Servivensa e presidente da Associação de Empresas de Aviação Andinas, disse: "O que a FAA está fazendo é ilegal."
A porta-voz da FAA, Rebecca Trexler, afirmou que a única preocupação da associação é a segurança aérea. Disse que o programa examina a administração da aviação civil de cada país e a eficiência com que aplica as regras de segurança e que a marca de avião usada não é relevante.

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