São Paulo, terça-feira, 22 de julho de 1997
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Nova realidade; Informação falsa; Estranheza; Mau gosto; CEBs; Caça; Anéis

Nova realidade
"Em sua carta contra meu artigo sobre o Banespa ('Painel do Leitor', 19/7), o sr. Carlos Augusto Meinberg, ex-presidente do banco, identificou, levianamente, segundas intenções no texto.
Afirmou também que me equivoquei quanto ao rombo de US$ 15 bilhões, 'uma vez que essa instituição continua operando e suas dificuldades decorrem única e exclusivamente de operações, já resolvidas, com o setor público, este definido pela Constituição Federal como solvente por natureza' (sic). Avança ainda uma delirante acusação: eu teria culpa no desastre do Banespa.
Qualquer iniciante sabe que o Banespa teria sido liquidado se fosse uma entidade privada. Há um princípio elementar na gestão de um banco: quando um empréstimo não é pago deve-se efetuar uma provisão para enfrentar o calote.
Os US$ 15 bilhões, um valor público e notório, se originam basicamente de débitos impagos, em especial os do Estado.
O banco continua operando porque a conta dos desmandos foi remetida para o contribuinte paulista.
A carta reproduz grande parte de artigo de autoria do sr. Meinberg, ao qual tive acesso, em que defende a existência de um banco estatal para empréstimos a pequenas e médias empresas e se declara possuidor de experiência de 30 anos no mercado financeiro.
Como se vê, esse período não foi suficiente para que ele pudesse perceber a nova realidade nem aprender regras primárias do negócio bancário."
Mailson da Nóbrega, ex-ministro da Fazenda (São Paulo, SP)

Informação falsa
"Na reportagem publicada na edição de domingo da Folha, sob o título 'Governo Médici sabotou Nobel de d. Hélder', assinada por José Geraldo Couto, meu falecido pai, Júlio de Mesquita Neto, é citado como tendo sido quem teria contribuído para que o Prêmio Nobel da Paz não fosse conferido ao então arcebispo de Olinda e Recife, fornecendo um dossiê sobre d. Hélder Câmara ao empresário norueguês Tore Munch.
Segundo a reportagem, Munch teria colhido as informações graças a 'suas relações com o sr. Júlio de Mesquita Neto, diretor proprietário do matutino 'O Estado de S.Paulo'.
Sem negar que meu pai, em editoriais, nunca deixou de mostrar sua divergência com as posições políticas que d. Hélder assumiu depois que saiu do Rio de Janeiro, posso afirmar que nunca teve contato com o empresário Munch nem com um jornalista norueguês que, por instruções de Munch, teria tido o encargo de 'polemizar o nome de d. Hélder Câmara'.
Sem dúvida, como fica claro na reportagem, a falsa informação consta de telegramas da Embaixada do Brasil em Oslo. A 'autoridade' da fonte, porém, não confere autenticidade à informação.
Gostaria que esta carta fosse publicada a fim de preservar a memória de meu pai. Tendo ocupado posições internacionais de relevo em defesa da liberdade de imprensa, e da liberdade em geral, ele não se prestaria a um papel desses, mesmo divergindo -como nunca escondeu- das posições políticas de d. Hélder."
Júlio César Mesquita, diretor de "O Estado de S.Paulo" (São Paulo, SP)

Estranheza
"Manifesto minha estranheza com a nota 'Ponta de iceberg', publicada no dia 20/7 na coluna 'Painel'.
Esclareço que, como presidente da Confederação Nacional do Transporte, todos os compromissos dessa instituição são públicos e transparentes, firmados em concordância com a diretoria e rigorosamente cumpridos.
Como homem público, cidadão e leitor da Folha, me coloco, assim como a entidade, à disposição para qualquer levantamento e informação."
Clesio Andrade, presidente da Confederação Nacional do Transporte (Brasília, DF)

Mau gosto
"Lamentável a foto publicada na primeira página do caderno Mais! de 20/7.
Tudo bem quanto à reportagem, mas a foto do quadro foi de um mau gosto terrível.
Nem os pequenos jornais, ditos 'tablóides', chegaram a tal nível."
Fabio Buono Patricio (Taubaté, SP)

CEBs
"Muito oportuna a reportagem sobre o texto do frei Carlos Mesters, divulgado no encontro das Comunidades Eclesiais de Base, 'Parábola de Jesus e o candomblé'.
Fica evidente a cada dia que passa o quanto a igreja vem perdendo o 'seu' rebanho para outras seitas, doutrinas, filosofias etc.; o texto mostra a necessidade de Jesus fazer parte do nosso dia-a-dia."
José Eduardo Menezes da Silva (São Paulo, SP)
*
"Enquanto as CEBs aceitarem e compactuarem com homens feito Carlos Mesters, a tendência será cada vez maior de que o povo fuja da Igreja Católica."
Ruth Maurício de Faria (São Paulo, SP)
*
"Fiquei indignada, estarrecida e muito triste com parte do texto-base transcrito pela Folha em 16/7, publicado por tresloucado frei, vendedor de bíblias, que me levou a concluir que o catolicismo romano já morreu, faltando só receber a pá de cal."
Lucy Coutinho Lenza (Belo Horizonte, MG)

Caça
"Deverá ser encaminhado ao Congresso um projeto de lei que se refere à liberação da caça amadorística.
Depois de expostos a vexame internacional no episódio das madeireiras asiáticas, quando o Brasil se aliou ao lixo do Terceiro Mundo, votando junto com os matadores de elefantes, os cidadãos terão que passar por mais essa humilhação?"
Lorena de Santiago (São Paulo, SP)

Anéis
"Antonio Carlos Magalhães e filho, Maluf, Newton Cardoso, Amazonino Mendes, Igreja Universal do Reino de Deus...
A quem mais FHC vai dar os anéis?"
Jairo Veiga (Brasília, DF)

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