São Paulo, quarta-feira, 23 de julho de 1997 |
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Polícia encontra crack embalado como bala
OTÁVIO CABRAL
Segundo a polícia, Gilvânia escondia em um guarda-roupa cerca de 1.100 pedras de crack. A prisão aconteceu em um apartamento do projeto Cingapura da avenida Zaki Narchi, no Carandiru (zona norte de São Paulo). O delegado Pascoal Ditura, titular da 3ª delegacia do Denarc (Departamento Estadual de Investigações sobre Narcóticos), afirmou que Gilvânia embalava a droga em papéis de bala e vendia para estudantes em portas de escolas públicas da zona norte. O conjunto habitacional onde ela foi presa fica em frente à sede do Depatri (Departamento de Investigações de Crimes Patrimoniais), um dos principais órgãos da Polícia Civil de São Paulo. A polícia chegou até a acusada após receber uma denúncia anônima por telefone. Ela e um homem estariam embalando as pedras de crack no apartamento 44, bloco B. Quando a polícia chegou ao local, por volta das 19h de anteontem, encontrou apenas Gilvânia, que havia escondido a droga. Segundo os policiais do Denarc, ela confessou que montava barracas de venda de doces e salgados em escolas públicas da região. Para não chamar a atenção da polícia, ela disse que embalava as pedras de crack, individualmente, em papéis de bala. Em seu depoimento, Gilvânia afirmou que seus principais "fregueses" eram estudantes. Gilvânia disse ainda à polícia que começou a traficar drogas há cerca de dois meses, quando perdeu o emprego de faxineira. O outro acusado de tráfico, André, seria seu namorado. Até a noite de ontem, ele não havia sido encontrado pela polícia. O delegado Pascoal Ditura apurou que Gilvânia vendia cada pedra de crack entre R$ 10 e R$ 15. O lote de droga apreendido está avaliado em cerca de R$ 15 mil. Vizinhos de Gilvânia revelaram à polícia que ela ocupava dois apartamentos no mesmo prédio do projeto Cingapura. Ela morava em um deles. O outro seria utilizado para o tráfico. Este segundo apartamento pertence à mãe de Gilvânia, Antônia Claudino da Silva, que está presa por tráfico de drogas no cadeião de Pinheiros. Gilvânia foi autuada em flagrante e pode ser condenada a cinco anos. (OC) Texto Anterior: Saem duas novas listas de aprovados Índice |
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