São Paulo, quarta-feira, 23 de julho de 1997 |
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Cade deverá condenar hoje associação da Antarctica Acordo com a Anheuser-Bush será desfeito em dois anos DENISE CHRISPIM MARIN
A associação deverá ser desfeita dentro de dois anos, como sugeriu a conselheira Lucia Helena Salgado e Silva em seu relatório, apresentado no último dia 18 de junho. Ela convenceu quatro dos seis colegas que a associação trará danos à concorrência nesse segmento. "Minha expectativa é que o conselho mantenha a posição anterior", afirmou o presidente do Cade, Gesner Oliveira. Apesar de saber que não tem chances, ele deverá apresentar hoje seu voto e firmar mais uma vez sua oposição à dissolução da aliança. "Não tenho a pretensão de mudar os votos de meus companheiros do conselho, mas devo ser coerente com as minhas manifestações anteriores", completou. Brahma A decisão da maioria dos conselheiros foi a mesma em relação à aliança entre a Brahma e a também norte-americana Miller -terceira no mercado mundial-, julgada em 11 de junho. A expectativa dessas empresas era de que um julgamento favorável no caso da associação entre a Antarctica e a Anheuser-Bush pudesse provocar a revisão da decisão que as afetou. O voto de Oliveira é o único que falta nesse julgamento, que passou por cinco suspensões desde o dia 11 de junho. Dessa vez, o presidente do Cade espera ver o caso concluído, sem novos adiamentos. Xenofobia Durante a sessão, ele deverá expor julgamentos de agências oficiais de direito antitruste do México, Canadá e países europeus sobre casos similares aos das associações entre as cervejarias. "O mais importante é o debate aprofundado sobre o assunto", afirmou Oliveira. Ele chegou a declarar que percebia "sinais de xenofobia" (no caso, aversão a investimentos estrangeiros) na posição dos colegas. Texto Anterior: A crise alagoana Próximo Texto: Motta define cronograma de privatização das teles Índice |
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