São Paulo, sexta-feira, 25 de julho de 1997 |
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Havelange 'lança' argentino à Fifa
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS; DA REPORTAGEM LOCAL Reportagem LocalO presidente da Fifa, o brasileiro João Havelange, disse ontem que apóia o nome do argentino Julio Horacio Grondona como candidato para ocupar o seu lugar na entidade que rege o futebol mundial. A declaração equivale ao lançamento informal da candidatura de Grondona. A eleição será em junho de 1998, antes da Copa do Mundo. Havelange, que está no cargo desde 1974, anunciou há cerca de seis meses que não vai concorrer a novo mandato. Grondona é o atual presidente da Associação de Futebol Argentino e um dos vice-presidentes da Fifa. "Julio é um grande amigo. É como um irmão", disse Havelange, 80. O brasileiro busca um candidato que possa barrar o sueco Lennart Johansson, presidente da Uefa (entidade que comanda o futebol europeu), que já se declarou postulante à vaga. Johansson também é um dos vice-presidentes da Fifa. A intenção do brasileiro é não deixar nenhum europeu assumir o controle da entidade. Os europeus lideram o grupo de oposição ao brasileiro. Eles querem rever o contrato da Fifa com a empresa de marketing ISL. Além disso, postulam que a Copa do Mundo de 2006 seja em seu continente, na Alemanha ou Inglaterra. O grupo de Havelange propõe um rodízio entre os continentes. Em 2006, a vez seria da África, com favoritismo para a África do Sul. O camaronês Issa Hayatou, presidente da Confederação Africana de Futebol e outro vice-presidente da Fifa, é mais uma opção não-européia de Havelange. Outro aliado seu é o secretário-geral da Fifa, o suíço Joseph Blatter. "Ele (Grondona) é um grande líder, que vai continuar o mesmo caminho que eu tomei quando fui eleito presidente da Fifa", declarou Havelange, que comanda a Fifa desde 1974. Johansson, que está em férias, não se pronunciou sobre as declarações do brasileiro. Apesar do apoio de Havelange, ele é ainda o candidato mais forte nas eleições da Fifa Eleição O novo presidente da Fifa será eleito num congresso que deve ser realizado na França, logo antes da abertura da Copa. Votam todos os 198 países-membros. Não há voto qualificado. As confederações com menor número de votos são as da América do Sul e da Oceania, com dez cada. África e Europa têm 51 representantes. Da Ásia, vêm 43 votos, e da América Central e do Norte e Caribe, 33. Havelange sempre teve eleitores mais fiéis entre os países da América do Sul, África e parte da Ásia. Texto Anterior: Palmeiras pega time colombiano Próximo Texto: São Paulo cria filial na 5ª divisão para formar Dodôs Índice |
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