São Paulo, sábado, 26 de julho de 1997 |
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Peça mostra Japão contraditório e atual Texto tem autoria de Leo Lama DA REPORTAGEM LOCAL Foi a partir da pesquisa sobre tradições e ciências sagradas que o dramaturgo paulistano Leo Lama escreveu um texto sobre o Japão moderno chamado "O Estreito Caminho para Ôku".O texto foi montado por ele, com as atrizes Marciléia Sagres e Sandra Akemi no elenco, e estréia hoje, à meia-noite, no Centro de Criatividade Tempo Real, um espaço para o teatro experimental coordenado pelo próprio Lama. A história traz duas prostitutas irmãs que são dominadas por um cafetão que se diz mestre. "Esse homem poderoso afirma que tudo o que elas são forçadas a fazer visa a libertação da alma delas. Ele é um falso profeta, como tantos que existem por aí", disse. O título, segundo ele, é um trocadilho. "Ôku pode ser o cu, o vazio, mas também é o nome de uma cidade ao norte do Japão, onde os poetas de haicai vão fazer sua iniciação." A tradição entra na peça por meio de uma espada. Uma das meninas quer viajar, ir ao norte, para achar a espada que contém a alma do pai delas. "No Japão se acredita que depois da morte a alma fica em um objeto", disse. Depois de cumprir temporada no Centro de Criatividade, a peça será apresentada no bairro da Liberdade, para a colônia japonesa. Peça: O Estreito Caminho para Ôku Autoria e direção: Leo Lama Elenco: Marciléia Sagres e Sandra Akemi Quando: sábados (0h) e domingos (20h) Onde: Centro do Criatividade Real (r. Treze de Maio, 240, tel. 011/258-5827) Quanto: R$ 7 Texto Anterior: Virna Lisi toca em festival de rock Índice |
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