São Paulo, segunda-feira, 28 de julho de 1997
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Fim das férias coloca rodízio à prova

MARCOS PIVETTA
DA REPORTAGEM LOCAL

Sem o auxílio das férias escolares de julho -que espantam 10% da frota circulante de cerca de 3 milhões de carros de São Paulo e funcionam como um alívio natural para o trânsito e a poluição-, o rodízio terá que lutar sozinho contra a fumaça e os congestionamentos paulistanos.
Segundo estimativas da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), com o fim das férias, cerca de 300 mil carros voltarão a rodar nas ruas da capital nos próximos dias.
A Cetesb estima um aumento menor no número de carros circulando na cidade devido ao recomeço das aulas, cerca de 200 mil automóveis a mais.
Qualquer que seja a estimativa mais correta, uma coisa é certa: trânsito tão bom quanto o de julho nunca mais -pelo menos neste ano.
"O trânsito em agosto deverá ser pior do que em julho, mas melhor do que em um mês normal sem rodízio", disse Luiz Carlos Cunha, diretor de operações da CET.
Ou seja, parte do caos rotineiro de São Paulo estará de volta, embora, desta vez, atenuado pela continuidade do rodízio.
Comparações feitas pela CET mostram que os congestionamentos produzidos no rodízio 97 -em vigor, em sua maior parte, durante o período de férias- foram sempre menores do que os engarrafamentos ocorridos no rodízio do ano passado (colocado em prática apenas no mês de agosto).
Qualidade do ar
Para agosto, a Cetesb prevê a ocorrência de mais dias inadequados em termos de qualidade do ar do que ocorreu em julho. Mas, segundo Cláudio Alonso, gerente de qualidade ambiental da Cetesb, não há motivo para alarme.
"A frequência de dias com qualidade do ar insatisfatória em agosto é maior do que em julho, mas os dias críticos de agosto não chegam a ser tão ruins quanto os dias críticos de julho", disse Alonso.
Em 96, a qualidade do ar esteve inadequada em 18,4% dos dias de agosto, contra 9,7% dos de julho. Mas apenas 1% dos dias de agosto registrou má qualidade do ar (a pior situação possível), contra 1,6% dos dias de julho.

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