São Paulo, segunda-feira, 28 de julho de 1997
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Paulistas usam pé e dominam seletiva

VALMIR STORTI
e LUÍS CURRO

VALMIR STORTI; LUÍS CURRO
DA REPORTAGEM LOCAL

Com técnica vertical, atletas do Estado levam 71% das vagas para o Mundial da França

Qual sua técnica de luta favorita?
Essa pergunta, se feita para judocas brasileiros, tem uma resposta garantida: tachi waza, a luta em pé.
"Os japoneses lutam assim e fomos influenciados, já que eles que nos ensinaram a lutar", diz Vania Ichii, filha do japonês Chiaki Ishii, que conquistou, já naturalizado, um bronze no Mundial da Alemanha, em 71, e outro na Olimpíada de Munique, no ano seguinte.
"O problema é que em duas horas de treino se pratica apenas 15 minutos de solo, mas isso já está mudando", diz Walter Carmona, prata nos Jogos Olímpicos de 84.
Ontem, os paulistas conquistaram 10 das 14 vagas para o Mundial de Paris -em outubro-, com estilos baseados na luta em pé.
"Não gosto de luta de chão, e isso faz falta, por isso estou treinando para acabar com essa deficiência", diz Henrique Guimarães, ouro na Olimpíada de Atlata, em 96.
Guimarães venceu suas três lutas ontem, sendo a terceira conseguida com uma imobilização no solo.
A exceção é um carioca "importado". Flávio Canto, inglês naturalizado brasileiro, tem uma das melhores técnicas de solo do mundo.
"Eu me acho mais habilidoso no solo, mas treino para melhorar em pé, e a transição é lenta", diz.
Ontem, Flávio Canto perdeu duas lutas e venceu as três seguintes, com um "ippon" (golpe perfeito) em pé na quarta luta e uma imobilização na última.

LEIA a lista de classificados para o Mundial à pág. 4-6

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