São Paulo, segunda-feira, 28 de julho de 1997
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Principado já foi cenário e personagem

FEDERICO MENGOZZI
ESPECIAL PARA A FOLHA

"Ladrão de Casaca" vem à lembrança quando se quer ligar Mônaco ao cinema. Porém, cenário ou parte da trama, o principado comparece em outros filmes.
Como "Monte Carlo" (1930), de Ernst Lubitsch, em que Jack Buchanan e Jeanette MacDonald vivem dois nobres em meio à jogatina no cassino de Monte Carlo.
Também com um toque de comédia, mas amarga, "As Duas Vidas de Mattia Pascal" (1985), de Mario Monicelli, mostra Marcello Mastroianni como um personagem que ganha no jogo e perde na vida. Perde tudo, até mesmo a identidade. Morto, embora vivo. Ou melhor, vivo, embora morto, na melhor tradição de Pirandello.
O cassino de Monte Carlo está presente em filmes que têm o jogo como pano de fundo. Tanto pode ser "The Man who Broke the Bank at Monte Carlo" (1935), de Stephen Roberts, com Ronald Colman e Joan Bennett, quanto "La Baie des Anges" (1952), de Jacques Demy, com Jeanne Moreau e Claude Mann -ambos sem título em português.
O primeiro é uma aventura banal sobre um motorista que quer "limpar" o cassino. O segundo é um estudo psicológico sobre uma apostadora compulsiva.
Também aventuroso, "Monte Carlo" (1986), de Anthony Page, com Joan Collins e George Hamilton, conta o que acontece ao unir um misto de espiã e cantora a milionários que se refugiam em Mônaco na Segunda Guerra Mundial.
Na linha esportiva, "Grand Prix" (1966), de John Frankenheimer, com James Garner e Yves Montand, é o filme mais lembrado. Na história de quatro pilotos que disputam prêmios de Fórmula-1, há cenas do Grande Prêmio de Mônaco, incluindo a reconstituição do acidente ocorrido com o italiano Alberto Ascari em 1955, quando seu Lancia caiu no mar.
As corridas automobilísticas em Mônaco também estão em "Os Intrépidos Homens e seus Calhambeques Maravilhosos" (1969), de Ken Annakin, e "Retratos de Morte" (1974), de Claude DuBoc. O primeiro, em tom de comédia, traz Tony Curtis e outros astros como pilotos, enquanto o segundo é um documentário, com Jackie Stewart, sobre um GP.
Mônaco, e não pode ser diferente, está presente em dois filmes biográficos.
"O Magnata Grego" (1978), de J. Lee Thompson, traz Anthony Quinn como um armador grego -quem, se não Onassis, por muito tempo dono do Cassino de Monte Carlo? Já "A História de Grace Kelly" (1983), de Anthony Page, traz Cheryl Ladd no papel da atriz que virou princesa -é uma biografia autorizada.
Outras personalidades, famosas como Onassis e Grace Kelly, mas não tão reais, fizeram de Mônaco um cenário para suas aventuras. É o caso do detetive sino-norte-americano Charlie Chan ou do agente britânico James Bond.
(FM)

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