São Paulo, terça-feira, 29 de julho de 1997
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Portuários poderão fazer greve nacional a partir de 11 de agosto

Categoria reivindica um novo reajuste salarial de 10%

FAUSTO SIQUEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

Os 16 mil portuários dos 42 portos marítimos do país poderão deflagrar greve nacional por tempo indeterminado no próximo dia 11, se o governo não oferecer uma proposta de reajuste salarial para a categoria.
A decisão sobre a convocação ou não de greve pela Federação Nacional dos Portuários deverá ocorrer em encontro que reunirá sindicalistas de todo o país amanhã e quinta-feira no Rio de Janeiro.
A data-base dos portuários é 1º de junho, mas, passados quase dois meses, eles não receberam propostas salariais das companhias docas (estatais que administram os portos).
A reivindicação dos trabalhadores é de um reajuste salarial de pelo menos 10%.
O presidente da Federação Nacional dos Portuários, José Peres César, disse ontem que a expectativa é de que todas as empresas -por orientação do Ministério dos Transportes- proponham um mesmo índice aos portuários de todo o país.
Segundo ele, a proposta deverá ser de um reajuste de 3% ou um abono de R$ 800, a mesma oferecida pela Companhia Docas da Bahia aos seus empregados. Os portuários baianos optaram por aceitar o abono.
Para César, se houver a formalização dessa proposta para todo o país, a tendência é de que seja aprovada. "Estou achando que o pessoal portuário vai aceitar isso aí", disse.
"É essa a complicação do abono", afirmou.
Em Santos, os operários portuários (maior categoria de empregados da Codesp) aprovaram em assembléia na noite de anteontem o pedido de instauração de dissídio coletivo na Justiça do Trabalho e a deflagração de greve no dia 11.
Segundo o presidente do Sindicato dos Operários Portuários de Santos, Edemílcio Vicente Vieira, a Codesp propôs somente a prorrogação por 180 dias -sem reajuste de salários- do contrato coletivo da categoria.

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