São Paulo, terça-feira, 29 de julho de 1997
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Telebrás e elétricas puxam alta da Bolsa

DA REPORTAGEM LOCAL

A Bolsa de Valores de São Paulo fechou ontem com alta de 3,3%, depois de registrar valorização de 4,3%, na máxima do dia. Telebrás e as ações do setor de energia concentraram a atenção -e os recursos- dos investidores.
Segundo analistas e operadores, três fatores puxaram a alta: novo recorde em Nova York, o avanço na privatização das elétricas e a informação de que as holdings que serão formadas da Telebrás serão vendidas em bloco.
Mesmo com a valorização no dia, o Ibovespa ainda ficou 5% abaixo do fechamento de 8 de julho, pico registrado antes do movimento de realização de lucros detonado pela crise asiática.
Alguns operadores se surpreenderam com o desempenho das ações ontem. A expectativa era de uma alta apenas moderada.
O destaque ficou por conta das elétricas. A coletiva do governador de São Paulo, Mário Covas, sobre a venda da Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) foi encarada como o "pontapé inicial" para a privatização das elétricas paulistas, considerada a porção nobre do setor no Brasil.
O mercado acabou extrapolando o otimismo para as demais elétricas. Eletropaulo chegou a subir 14% e fechou com alta de 7% e os papéis da Cesp encerraram o dia com valorização de 5%.
Ainda no campo das elétricas, o leilão de privatização da Coelba, marcado para a próxima quinta, também foi um fator positivo.
Muitos analistas estão esperando um grande ágio na venda da estatal baiana, o que pode alavancar o preço do setor. As ações da Coelba subiram 8,1%.
O bom volume negociado pode significar que acabou o período de turbulência para as Bolsas, segundo analistas.
Nova York
A Bolsa de Nova York fechou ontem com uma pequena alta, suficiente, no entanto, para o índice Dow Jones, que acompanha as principais ações do mercado nova-iorquino, fechar com novo recorde histórico.
No final do dia, o Dow Jones registrava alta de 0,09%, em um dia de poucos negócios.
Segundo analistas, a queda no volume negociado se deu por causa dos indicadores econômicos que devem ser divulgados nesta semana e que certamente mexerão nas expectativas.

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