São Paulo, terça-feira, 29 de julho de 1997
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GM anunciará o maior patrocínio do esporte

MATINAS SUZUKI JR.
DO CONSELHO EDITORIAL

Meus amigos, meus inimigos, um balanço dos cerca de 20% de jogos já realizados da primeira fase do Brasileiro indica que a Lusinha tem a campanha mais consistente.
Nos pontos por vitória, ostenta os mesmos 13 que o Paraná. No regulamento oficial, o Paraná leva a vantagem mínima no saldo de gols.
Mas a campanha da Lusa é mais sólida do que a do Paraná: além de ter vencido o confronto direto, na fronteira adversária, o time alvirrubro do Canindé atingiu o mesmo número de pontos realizando três jogos fora de casa, enquanto o Paraná fez apenas dois.
Além da vitória sobre o Paraná, a Lusa tem como significativos os resultados contra o Flamengo (3 a 0) e o empate com o Vitória (4 a 4), lá na minha querida Salvador -que, aliás, lidera, feliz da vida com o número de gols que tem assistido, a presença de público nos estádios neste Brasileiro.
A Lusa só perdeu do Inter, que também largou muito bem no Brasileiro, assim mesmo em Porto Alegre, e por 2 a 1.
Além da estatística, a Lusinha apresenta dois fatos interessantes:
a) Alex Alves é o oposto de Sansão: cortou os cabelos e ganhou a força.
b) Este é um Brasileiro mais dos técnicos do que dos jogadores (ainda vou escrever sobre isso). E taí o trabalho do Edinho na Lusa querendo confirmar essa tese.
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A GM dos EUA deve anunciar entre hoje e amanhã o maior patrocínio de toda a história do esporte.
Ele inclui a rede de televisão NBC e o Comitê Olímpico dos EUA, e será maior do que os US$ 250 milhões que a Coca-Cola põe na NFL, a liga de futebol americano.
O interesse pelos eventos Olimpíadas (a de verão também, mas sobretudo a de inverno), vem crescendo nos EUA. Como esta coluna vem escrevendo há alguns anos, o futuro da indústria do entretenimento, em escala global, chama-se esporte.
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Barbárie, mas barbárie mesmo, é a notícia da tortura dos jogadores da seleção do Iraque após a não qualificação para a Copa da França.
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Em compensação, vale mencionar que sérvios e croatas disputaram a primeira partida oficial de futebol desde 1990, na quarta-feira da semana passada -como fez bem em registrar o caderno Mundo, no último domingo.
O jogo valia para a fase preliminar da Copa dos Campeões da Europa da temporada que se inicia no Velho Mundo. O Partizan Belgrado venceu por 1 a 0 ao atual Croácia (ex-Dínamo) de Zagreb.
Não houve violência, e o juiz mostrou apenas um cartão amarelo. Mais pacífico que os jogos do Brasileiro.
O futebol chega ao fim do século como o esporte com maior poder para atuar em conflitos étnicos e geopolíticos do planeta.
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Para respeitar um chamado "outro lado", no sábado, não pude publicar a seleção dos mais elegantes de um jogador que encheu a minha vida de poesia da bola: Roberto (que agora descubro que é com dois eles) Rivellino.
Fica para este sábado.

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