São Paulo, terça-feira, 29 de julho de 1997 |
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Teórico rígido põe atleta em Mundial
VALMIR STORTI
"Com a ajuda de psicólogos, eu desenvolvi uma forma de exemplificar que me ajuda", diz Duarte, que teve a perna esquerda amputada aos 19 anos (leia texto abaixo). Três meses depois, chegou a Santos para tentar ser treinador do Santos Futebol Clube, onde não ficou, e acabou trabalhando no clube Sociedade Antioquina. "Um aluno meu tornou-se bicampeão paulista e minha fama cresceu na cidade, que nunca tinha conseguido o título", diz. Um de seus primeiros alunos foi Rogério Sampaio, que em 1992 conseguiu a medalha de ouro na Olimpíada de Barcelona. "Tenho dois métodos de judô. Um para quem quer ser competidor, outro mais leve. Mesmo garoto, Rogério me disse que queria treinar para ser campeão olímpico. Falei para ele esquecer que existiam feriados, e começamos a treinar dias depois." Duarte também foi o primeiro técnico de Danielle Zangrando, que, em 95, aos 16 anos, conquistou o bronze no Mundial do Japão, a primeira medalha de uma brasileira entre adultos. Desde janeiro, Duarte treina a meio-leve Catia da Silva Maia, 23, uma acreana que morava com a família no Rio de Janeiro desde os 6 anos e que largou tudo para treinar em Santos a partir deste ano e conseguir uma vaga no Mundial. "Estava treinando sozinha. Ele me viu competindo e me convidou para treinar com ele. Precisava de alguém para me dar ritmo", diz Catia, que ainda é faixa marrom. Além de Catia Maia, Paulo Duarte treinava a meio-médio Tânia Ferreira, 23, que também irá ao Mundial. Por divergências com a direção do Brasil Futebol Clube, onde Catia treina, Tânia está na academia de Rogério Sampaio, também em Santos, desde maio. Texto Anterior: Kuerten vê necessidade de embalar Próximo Texto: Infecção hospitalar causou amputação Índice |
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