São Paulo, terça-feira, 29 de julho de 1997
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CDExpo relança formato single no Brasil

LUIZ ANTÔNIO RYFF
DA REPORTAGEM LOCAL

Começa hoje, no Rio de Janeiro, a CDExpo 97, a principal feira do mercado fonográfico brasileiro, tendo como maior atração o relançamento do CD single no país.
A feira, que vai até domingo no Riocentro, em Jacarepaguá (zona oeste do Rio), reúne 200 expositores, entre gravadoras, selos independentes, lojistas e fabricantes e distribuidores de CDs e CD-ROM.
Mas, em seus dois primeiros dias, a CDExpo 97 funciona como um evento fechado, para os negócios da indústria fonográfica. Para conhecer a feira, o público vai ter que esperar até quinta, quando ela será aberta a visitação.
Hoje e amanhã, os profissionais do setor devem movimentar R$ 25 milhões. Nos quatro dias seguintes, a estimativa é de que o faturamento da feira com a venda de CDs alcance R$ 15 milhões.
Essa é a segunda edição da CDExpo. No ano passado, a feira foi visitada por 155 mil pessoas. Este ano, a expectativa é de que o público atinja 180 mil.
Para atrair visitantes, a CDExpo 97 vai vender CDs a preços bem mais baixos -muitos abaixo dos R$ 10- e promover 75 shows durante os quatro dias em que estará aberta ao público.
Entre os artistas que se apresentam estão Arnaldo Antunes, Gabriel O Pensador, J.Quest, Planet Hemp, Falcão, Pedro Camargo Mariano e Fundo de Quintal.
Os shows serão realizados em quatro palcos montados em pontos diferentes do Riocentro. O palco "principal" está reservado para artistas consagrados, o "tendência" será ocupado por grupos iniciantes, o "jazzy" receberá shows mais acústicos e o "dance" será exclusivo para a apresentação de DJs -ao seu lado haverá um setor de moda ocupado pelo Mercado Mundo Mix.
Alguns artistas também estarão na feira autografando os seus discos, entre eles Kid Abelha e Sandra de Sá.
Single
A maior atração da feira, contudo, é o relançamento do CD single, a um preço de R$ 4,90. Entre os singles que chegarão ao mercado estão os de Lulu Santos, Arnaldo Antunes e Kid Abelha.
Visualmente, O CD single é igual a um CD normal, só que com menos faixas -normalmente entre uma e cinco faixas. Por isso ele tem um preço menor.
No Brasil, ele foi introduzido, sem nenhum sucesso, há alguns anos.
A experiência não foi tentada em conjunto pelas gravadoras, e não houve qualquer marketing, o que, segundo executivos da indústria fonográfica, explicaria o fracasso da tentativa.
Sem o single, o Brasil está na contramão do mercado mundial. Hoje inexistente no país, esse formato corresponde a 20% da vendagem mundial das gravadoras.
A expectativa do setor é de que o CD single aumente em cerca de R$ 100 milhões o faturamento das gravadoras brasileiras, que, este ano, deve ultrapassar a marca de 1 bilhão de reais.

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