São Paulo, terça-feira, 29 de julho de 1997
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Ligação com o PC surgiu na França

DA REDAÇÃO

Ex-líder do Camboja, responsabilizado pela morte de mais de 1 milhão de pessoas durante seus quatro anos no poder, Pol Pot é filho de uma família rural de Kompong Thom, centro do país.
Saloth Sar, como se chamava então, foi estudar na França em 1949, onde se filiou ao Partido Comunista. Em 1953, ano da independência do Camboja (protetorado francês desde 1863), Pol Pot retornou a seu país natal.
Integrou-se ao Partido Comunista do Camboja, então ilegal. Em 1962, no comando da guerrilha pró-China Khmer Vermelho, Pol Pot iniciou a campanha que o levaria ao poder em 1975.
O líder guerrilheiro foi derrubado quatro anos depois por uma invasão do Vietnã, pró-URSS. Eram constantes à época os choques na fronteira entre guerrilheiros do Khmer e soldados vietnamitas.
Há 11 anos casou-se com uma mulher mais jovem, com quem teve dois filhos. Tido como um homem afável, nunca gritou com um subordinado, segundo relatos.
Pol Pot abandonou oficialmente o comando do Khmer Vermelho em 1980, mas, na falta de outro líder carismático, os membros do grupo continuaram a obedecê-lo.
No meio do ano passado, testemunhos surgiram apontando para a morte de Pol Pot. Autoridades de Phnom Penh, a capital do Camboja, afirmaram então que tentavam averiguar se as informações eram verdadeiras.
Neste ano, boatos disseram que Pol Pot, gravemente doente devido à malária, foi detido por seu próprio grupo. No fim-de-semana, foi divulgado seu julgamento.

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